quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Champanha, a cor, a flor e a loura de Dick Farney em Paris



Antes de bebericar uma champagne vamos ao calendário do Jacaré :

Homenagem a São Sebastião: 21 de janeiro - sábado

Pré-carnavalesco : 4 de fevereiro - sábado

Bailes à fantasia infantil e adulto: 17 de fevereiro - sexta-feira

A cor de hoje é champanhe

Passagem de ano é o que acontecerá com Jacaré que também não gosta de haloween pois gosta de abóbora, na qual às vezes se transforma por dever de ofício, e não adimite vê-las ridiculamente recortadas na cabeça de americano.

De abóbora faz melão
De melão faz melancia
Faz doce,Shinhá, faz doce, Sinhá
Faz doce, Sinhá Maria(bis)
Quem quiser aprender a dançar
Vai na casa do Juquinha
Ele pula, ele roda,
Ele faz requebradinha



No fim de ano só se fala em reveillon, Se fosse reveillon, casa de tolerância, agora chamada de casa de massagem seria chamada de rendez vous e não é mais como motorista não é mais chauffer. E por falar da França, Jacaré convida a todos para assitirem C´etait un Rendez-vous filmado por Claude Lelouch num gostoso passeio em Paris



Jacaré só aceitará chamar a festa de ano novo de reveillon se o registro de marcas da França liberar a palavra champanhe, hoje trocada por espumante, sem charme nem poesia.


Como mudar a rima e métrica da loura do Dick Farney do nasal para a linguodental espumante?

Todos nós temos na vida
Um caso, uma loira,
Voce, voce tambem tem

Uma Loira é um frasco de perfume

Que evapora
É o aroma
De uma pétala de flor
Espuma fervilhante de champanhe
Numa taça muito branca de cristal
É um sonho, um poema...



Adolfo Estrada

enquanto isso em Cabo Verde Jacaré recita, com Cesário Verde, a Sardenta

Tu nesse corpo completo,
Ó láctea virgem dourada,
Tens o linfático aspecto
Duma camélia melada.

2 comentários:

  1. É trabalho perdido tentar domar as palavras, tirar-lhes a espontaneidade e a beleza, sem dizer que elas vem carregadinhas de lembranças e saudades. Minha avó dizia: Parem de fazer algazarra! Sem sabermos do que se tratava, a bagunça continuava e a vó ria. Desconfio que para ela, pronunciar “algazarra” era voltar no tempo, secretamente era voltar a ser a menina Celina. Muito chato racionalizar demais, por isso fico com Goethe:
    "Cinzenta é toda teoria, e verde apenas a árvore explêndida da vida".

    Leila Sales.

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  2. "Contra Goethe, a mãe dos Gracos, e a Corte de D. João VI.

    A alegria é a prova dos nove.

    ...

    Contra a realidade social, vestida e opressora, cadastrada por Freud – a realidade sem complexos, sem loucura, sem prostituições e sem penitenciárias do matriarcado de Pindorama.

    OSWALD DE ANDRADE Em Piratininga Ano 374 da Deglutição do Bispo Sardinha." (Revista de Antropofagia, Ano 1, No. 1, maio de 1928.)"

    E aí?

    Sergio Rosa

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