sábado, 10 de março de 2012

Ainda bem que Tom Jobim inventou as águas de março, assim falou Jacaré


A próxima festa do Jacaré será em 5 florial comemorando o dia do trabalhador

pois graças a essa bela canção a temperatura no Rio baixou e tudo ficou bom

É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é o laço, é o anzol

É pereba do campo, é o nó da madeira
Caingá, candeia, é o Matita Pereira
É madeira de vento, tombo da ribanceira
É o mistério profundo, é o queira ou não queira

..

É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando
É a luz da manhã, é o tijolo chegando
É a lenha, é o dia, é o fim da picada
É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada

São as águas de março fechando o verão,
É a promessa de vida no teu coração



afinal, Jacaré quer vida sempre assim p'ra fazer feliz a que se ama

Um cantinho e um violão
Este amor, uma canção
Pra fazer feliz a quem se ama

Muita calma pra pensar
E ter tempo pra sonhar

Da janela vê-se o Corcovado
O Redentor que lindo

Quero a vida sempre assim com você perto de mim
Até o apagar da velha chama

E eu que era triste
Descrente deste mundo
Ao encontrar você eu conheci
O que é felicidade meu amor

O que é felicidade, o que é felicidade

Museu Câmara Cascudo - UFRN

desse mar, Câmara Cascudo nos trouxe Luiz da Costa Pinheiro com um lubzhomem acompanhado de caipora, mãe d'água. fantasma, Burra-de-Padre, reino encantado e outras visões terríveis que aparecem à noite, pelo mundo afora:

Muita gnete acredita
Em lubznomem e caipora
Fantasma e burra de padre,
Que andam fora de hora,
Se o amigo acredita
Leia a história bonita
Dos fatos que narro agora
...

Existe uma outra visão
Um tal de Martin Pererê
Da forma de uma pessoa
Com escama de jacaré
Se alimenta com caça
Dizem que ele não passa
Aonde tem garapê
...

Das 5 às 6 da tarde
Não se anda com criança
Porque o Boto encantado
Tem atração que alcança
De dentro d'água do rio
Dar um choque tão macio
Que faz perder a lembrança

A próxima festa do Jacaré será em 5 florial comemorando o dia do trabalhador

Liberdade, igualdade e fraternidade, Jacaré adere ao calendário revolucionário francês


Jacaré não se repete como farsa portanto festa no brumário não haverá e para ouvires o calendário de Fabre d`Eglantine apertes teu rato aqui e reconhecerás a melodia

Blanche est la neige en Nivôse,
Grise est la pluie en Pluviôse
Mais noir est le vent en Ventôse.
On s'est connu en Germinal,
On s'est aimé en Floréal
Et puis on s'est marié en Prairial.
L'enfant est né en Messidor,
Il a grandi en Thermidor
Et puis il est parti en Fructidor.
La vie est blanche en Vendémiaire,
La vie est grise en Brumaire
Et puis la vie est noire en Frimaire.

Vamos pois ao calendário mínimo do Eu sou eu, jacaré é bicho d'água para 2012 e quem desobedecer perderá a cabeça

5 florial : Festa do Jacaré Trabalhador cantando de Lisboa A Internacional

De pé, ó vitimas da fome
De pé, famélicos da terra
Da ideia a chama já consome
A crosta bruta que a soterra


Cortai o mal bem pelo fundo
De pé, de pé, não mais senhores
Se nada somos em tal mundo
Sejamos tudo, ó produtores

Bem unidos façamos
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional

...

23 messidor : Festa de São João do Jacaré com uma cajuína cristalina

Existirmos
A que será que se destina
Pois quando tu me deste a rosa pequenina
Vi que és um homem lindo
E que se acaso a sina
Do menino infeliz
Não se nos ilumina
Tão pouco turva-se a lágrima nordestina
Apenas a matéria vida era tão fina
E éramos olharmo-nos intacta retina
A cajuína cristalina em Teresina

Abacateiro sabes ao que estou me referindo... pois soy loco por ti America, assim falou Torquato Neto


quinta-feira, 8 de março de 2012

Regina Bonfim é a homenageada especial do Jacaré no Dia Internacional da Mulher

Ao centro das três jacarenses, que representam as mulheres do Bloco Eu sou eu, jacaré é bicho d'água, Regina Bonfim é a personagem especial desse dia.

Regina é nossa curandeira desde o vick vaporub à penicilina passando pelo carinho e atenção, além do mais, tem um Jacaré de condomínio onde de vez em quando rola um samba da melhor qualidade.

Ao som e imagem do balé libertário de Isadora Duncan, Cora Coralina se apresenta em mesnsagem do jacarense João Guerreiro:

Aninha e suas pedras

Não te deixes destruir...
Ajuntando novas pedras
e construindo novos poemas.
Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça.
Faz de tua vida mesquinha
um poema.
E viverás no coração dos jovens
e na memória das gerações que hão de vir.
Esta fonte é para uso de todos os sedentos.
Toma a tua parte.
Vem a estas páginas
e não entraves seu uso
aos que têm sede.

A jacarense Lourdes também contribui assim:

Hoje o dia acordou mais florido e com um aroma agradável, daquelas que jamais deixam a peteca cair...

Delas, que nasceram sementes-meninas e hoje são árvores-mulheres...

Que acordam cedo, trabalham, sonham, amam as pessoas e se preocupam com elas, estudam e ainda tem tempo de retocar o batom e dirigir ao mesmo tempo.

Elas, que falam ao telefone, ao mesmo tempo em que cozinham.

Que são mães, amigas, namoradas, esposas e filhas dedicadas, e fazem seu dia render, como se tivessem quarenta e oito horas grudadas nele...

Mulheres são como receitas: uma mistura de vários ingredientes, que depois de pronto, agradam ao paladar e olfato!

Uma pitada da firmeza de Margaret Thatcher aqui...

Um punhado do altruísmo de Madre Tereza acolá....

Doses de sensualidade de Marylin Monroe...

Uma porção de alegria de Carmen Miranda...

Um quarto da coragem de Joana D´Arc...

E pronto!

Podem não ser conhecidas, mas são reconhecidas e fazem a diferença. Mudaram o mundo e mudam diariamente, interferem em seus ciclos e transformações! Conhecem bem o chão que pisam! E pisam com saltos cheios de elegância e com tênis absorvidos de descontração. Trazem nos olhos a poesia da luta, do sacrifício e da força desmedida, daquelas que criam dias de sol em pleno inverno.

Complicadas? Não, apenas interessantes!

Imagem de 1505

E cantemos com Erasmo Carlos MULHER





terça-feira, 6 de março de 2012

Jacaré e Bizet: Carmen abre os festejos do Dia Internecional da Mulher


Sétimo e derradeiro dia da festa do Jacaré com Carmen, de Bizet, a cigana que incendiou homens e músicas


Resista e não se arrepie se conseguir e, se não conseguir, flane e cante o toreador que azarou Carmen

Ou cantemos uma cubana Habanera

Quand je vous aimerai?
Ma foi, je ne sais pas,
Peut-être jamais, peut-être demain.
Mais pas aujourd'hui, c'est certain.


Quando eu o amarei?
Meu Deus, eu não sei,
Talvez nunca, talvez amanhã.
Mas não hoje, isso é certo.

No Jacaré, na semana do Dia Internacional da Mulher, Carmen não morre assasinada pela sargento mané

pelo contrário até, Carmen declama uma poesia espanhola de Lorca

Sinto
que em minhas veias arde
sangue,
chama vermelha que vai cozendo
minhas paixões no coração.

Mulheres, por favor,
derramai água:
quando tudo se queima,
só as fagulhas voam
ao vento.

canta uma habanera cubana

Salsa, salsa
ritmo que da vida
que todos escuchan
que el mundo quiere bailar,
Salsa

Ven para bailar
mi salsa
Ven para cantar
mi salsa
para reir mamá
mi salsa
ven para bailar



e vai no Maracanã às Touradas em Madri

Eu fui às touradas em Madri
E quase não volto mais aqui
Pra ver Peri beijar Ceci.
Eu conheci uma espanhola
Natural da Catalunha;
Queria que eu tocasse castanhola
E pegasse touro à unha.
Caramba! Caracoles! Sou do samba,
Não me amoles.
Pro Brasil eu vou fugir!
Isto é conversa mole para boi dormir!

Festa de Jacaré, Baco e Dionísio no sexto dia com muito vinho

Jacarenses de vários matizes e credos espalhados por esse mundo num tá de rodá apelaram para publicação na íntegra do texto dionísico prodzido pela jacarense Rachel, mas antes vamos na Chegança, de Edu Lobo e Oduvaldo Vianna Filho.

Estamos chegando daqui e dali
E de todo lugar que se tem pra partir
Estamos chegando daqui e dali
E de todo lugar que se tem pra partir
Trazendo na chegança
Foice velha, mulher nova
E uma quadra de esperança
E uma quadra de esperança
Ah, se vier fosse chegar
Ah, se vier fosse chegar
... Chegar sem parar
Parar pra casar
Casar e os filhos espalhar
Por um mundo
Num tá de rodá por um mundo
Num tá de ro..dá



Lá vai a lide da crônica da Rachel com o elo para ser lido no cantinho da sala de leitura:

Domingo, pela manhã, com toda a preguiça que o dia proporciona ao abrir a Revista do O Globo, aleatoriamente, como gosto, estava lá a coluna de Thogum Teixeira: "Essa tal felicidade". Thogum é rapper e ator, não o conhecia, mas já sou sua fã. E começava assim: "Engraçado ver o quanto é possível evoluir a partir dos obstáculos que aparecem na vida. E acredito que esse hábito tem que vir de berço, respeitando a sabedoria popular. Determinar e lutar pela vida tem que ser uma vontade primordial e absoluta. E querer tem que ser poder, decidido pelo não abandono de si mesmo." Logo depois, disserta sobre sua mãe, obstinada, como tantas figuras femininas que fazem parte da nossa história, e em como essa mulher o influenciou e o estimulou a seguir sua jornada.

Baco, de Caravaggio, 1593

muito vinho e festa foi esse encontro de Baco com Dionísio ou ele com ele mesmo

inebriado pelas bacantes e um tanto bebido, Jacaré se encontra então com Braguinha e Sergio Cabral para ver, ouvir e dançar com Raul Seixas e Vanderléia

Eu perguntei a um mal-me-quer / Se meu bem ainda me quer

Ela então me respondeu que não / Chorei, mas depois

Eu me lembrei / Que a flor também é uma mulher

Que nunca teve coração...........

A flor mulher iludiu meu coração / Mas, meu amor

É uma flor ainda em botão / O seu olhar

Diz que ela me quer bem / O seu amor / É só meu

De mais ninguém....




Freneticamente esse dia, hoje, é da tal da felicidade

A tal da Felicidade
baterá em cada porta
e que importa a Mula Manca
se querem
A tal da Felicidade.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Gipsy, feijoada e Dionísio, assim falou Jacaré autosustentável

Jacaré dança, nesse quinto dia de festa, pensando na auto sustentabilidade do Bloco, sem patrocínio e, portanto, livre e sem puxação de saco.

Antes de conversar dancemos ciganamente:

A jacarense Leila Sales :

"Conversei rapidamente com o Jairo durante nosso baile e senti sua boa disposição em colaborar para que o bloco se organize na direção da auto-sustentação. Então pensei que talvez pudéssemos variar um pouco para além da camisetas. Sei lá, tem artistas e poetas no bloco, talvez criar uns produtos, como uma miniatura do estandarte do Jacaré, ímãs, sacolas recicláveis... O desafio é ter dinheiro para isso."
O paulista:
"O amigo, chamado Paulista, esquineiro do bem no Jacaré propõe que arrecademos R$ 10,00 por mes em conta corrente e num dado dia façamos um feijoada que seja com ingresso grátis para os sócios e pagos para os não sócios"
Chico Rocha

"Nosso querido jacarense Chico Rocha propõe cozinhar uma feijoada de primeira para fazermos finanças"

Assim sendo, vamos com Paulinho da Viola no pagode do Vavá, com Vicentina e batida de doce ilusão.

Também nesse quinto dia, a jacarense Rachel traz uma ode a Dioníso nessas letras
"Inaugura o advento de um novo capítulo da vida quando aparece em uma abertura de cartas. Um risco de alguma espécie é necessário, uma vontade de mergulhar no desconhecido. O Louco é tão ambíguo quanto Dioniso, pois não podemos saber se penetraremos na percepção divina do Louco ou acabaremos simplesmente parecendo loucos. Dessa forma, no meio da ambiguidade, da atividade e do medo, começa a grande jornada da vida retratada pelo Arcano Maior do Tarot."


domingo, 4 de março de 2012

Terceiro e quarto dias da festa no Jacaré com uma girafa núbia convidada por Carlos Drummond de Andrade

No terceiro dia da festa de aniversário, Jacaré foi comemorar numa rede com Ascenso Ferreira

Gustave Courbet (1819-1877)


Hora de comer — comer!
Hora de dormir — dormir!
Hora de vadiar — vadiar!

Hora de trabalhar?
— Pernas pro ar que ninguém é de ferro!

No quarto dia da festa de aniversário, como é domingo, Jacaré irá ao Jardim Zoológico tomar um gole com uns amigos árabes e uma girafa e beber leite de vaca egipícia

Agasse - 1827 - A girafa núbia

Clarisse Lespector, vendo Jacaré com a girafa, assim lhe soprou ao ouvido:

O telefone é como a girafa: nunca se deita. E, apesar de ser usual, é como a girafa: inusitado.

Carlos Drummond, atento, sabedor das conversas, veio à página :

Precisavas de uma girafa indubitável para o ofício do amor... Mas que tenhas uma girafa núbil

e domingo é p'ra vadiar com Clementina de Jesus e Clara Nunes

Não vadeia Clementina
Fui feita pra vadiar
Não vadeia, Clementina
Fui feita pra vadiar, eu vou…

Vou vadiar, vou vadiar, vou vadiar, eu vou
Vou vadiar, vou vadiar, vou vadiar, eu vou

Energia nuclear
O homem subiu à lua
É o que se ouve falar
Mas a fome continua

É o progresso, tia Clementina
Trouxe tanta confusão
Um litro de gasolina
Por cem gramas de feijão

Não vadeia Clementina
Fui feita pra vadiar
Não vadeia, Clementina
Fui feita pra vadiar, eu vou…

Vou vadiar, vou vadiar, vou vadiar, eu vou
Vou vadiar, vou vadiar, vou vadiar, eu vou

Cadê o cantar dos passarinhos
Ar puro não encontro mais não
É o preço que o progresso
Paga com a poluição

O homem é civilizado
A sociedade é que faz sua imagem
Mas tem muito diplomado
Que é pior do que selvagem

vadiemos pois, assim falou Jacaré !

sexta-feira, 2 de março de 2012

Jacaré cigano faz festa de uma semana

1874 / Camille Corot
Rio em festa de aniversário retroativa:

Essa enviada pelo jacarense Jairo : Só Dói Quando Eu Rio com Fátima Guedes

Só fico à vontade
na minha cidade.
Volto sempre a ela,
feito criminosa...
Doce e dolorosa,
a minha história escorre aqui.
Há quem não se importe
mas a Zona Norte
é feito cigana
lendo a minha sorte:
sempre que nos vemos
ela diz quanto eu sofri.
E Copacabana,
a linda meretriz-princesa,
Loura Mãe de Santo
com sua gargantilha acesa...
ela me ensinou pureza e pecado,
a respiração do mar revoltado...
Rio de Janeiro, favelas no coração.

Alaíde ao ouvir essa lindeza da Fátima Guedes invadiu a página assim:

Eu bebo
Essas águas passadas
Como um vinho
Que não há de voltar
Do seu caminho
Pra acabar com essa sede
Que ainda sinto.
Um absinto

O que não faz um pai por um filho ? Pois, com essa, vinda do jacarense João Guerreiro com Fernanda Abreu, Jacaré hoje age como um pai de seus jacarenses ao estampar nessa página um rap ou funk, coisa que Jacaré não gosta nem um pouco.

Sem preconceito mas, musicalmente, Jacaré não aprecia essa batida igual do início ao fim mesmo com a participação de Chico Science. Talvez se possa observar uma oitava dissonante na ducentésima terceira batida.
Rio 40 graus

Cidade maravilha
Purgatório da beleza
E do caos...

Capital do sangue quente
Do Brasil
Capital do sangue quente
Do melhor e do pior
Do Brasil...

Cidade sangue quente
Maravilha mutante...

O Rio é uma cidade
De cidades misturadas
O Rio é uma cidade
De cidades camufladas
Com governos misturados
Camuflados, paralelos
Sorrateiros
Ocultando comandos...

Capital do sangue quente
Do Brasil
Capital do sangue quente
Do melhor e do pior
Do Brasil...

(O Rio de Janeiro!)
(O Rio De Janeiro!)
(Soy Loco Por Ti!)...

Rio 40 graus
Cidade maravilha
Purgatório da beleza
E do caos...

Rio 40 graus
Purgatório da beleza
E do caos...

quinta-feira, 1 de março de 2012

O Rio de Janeiro continua lindo e não gosta de matador de índios

Para o Jacaré, a fundação da cidade do Rio de Janeiro foi um Erro de português, como escreveu Oswald de Andrade no descobrimento:

Quando o português chegou
Debaixo de uma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português.


Assim como Oswald ficou com o Sol da manhã, Jacaré fica com os índios e não aceita essa fundação por um matador de índios.

Lamartine ensinou o que o Brasil foi descoberto no dia 21 de abril, dois meses depois do carnaval e o carioca de verdade considera a criação da cidade pelo Padroeiro São Sebastião.

e o Rio de Janeiro continua lindo com Gil cantando em Realengo

ou no estúdio mas tudo lindo

O Rio de Janeiro
Continua lindo
O Rio de Janeiro
Continua sendo
O Rio de Janeiro
Fevereiro e março

Alô, alô, Realengo
Aquele Abraço!
Alô torcida do Flamengo
Aquele abraço

Chacrinha continua
Balançando a pança
E buzinando a moça
E comandando a massa
E continua dando
As ordens no terreiro

Alô, alô, seu Chacrinha
Velho guerreiro
Alô, alô, Terezinha
Rio de Janeiro
Alô, alô, seu Chacrinha
Velho palhaço
Alô, alô, Terezinha
Aquele Abraço!

Alô moça da favela
Aquele Abraço!
Todo mundo da Portela
Aquele Abraço!
Todo mês de fevereiro
Aquele passo!
Alô Banda de Ipanema
Aquele Abraço!

Meu caminho pelo mundo
Eu mesmo traço
A Bahia já me deu
Régua e compasso
Quem sabe de mim sou eu
Aquele Abraço!
Prá você que me esqueceu
Ruuummm!
Aquele Abraço!
Alô Rio de Janeiro
Aquele Abraço!
Todo o povo brasileiro
Aquele Abraço!

Em tempo, a jacarense Rachel, mandou para publicar a cara do Rio com o Samba de Verão, de Marcos Vale:

com a variante de Caetano Veloso ou com a bossa nova de Marcos Vale e parece que Menescal ao fundo

Você viu só que amor nunca vi coisa assim
E passou nem parou mas olhou só pra mim
Se voltar vou atrás vou perdir vou falar
Vou contar que o amor foi feitinho pra dar
Olha é como o verão quente o coração
Salta de repente só pra ver a menina que vem

Ela vem sempre tem esse mar no olhar
E vai ver tem que ser nunca tem que amar
Hoje sim diz que sim já cansei de esperar
Nem parei nem dormi só pensando em me dar
Peço mas você não vem
Deixo então falo só digo ao céu mas você vem

Antes que o dia acabe, Jacaré, publica também um rio morando no mar enviado pelo jacarense Sergio Rosa, de Roberto Menescal

Rio que mora no mar
Sorrio pro meu Rio
Que tem no seu mar
Lindas flores que nascem morenas
Em jardins de sol

Rio, serras de veludo
Sorrio pro meu Rio
Que sorri de tudo
Que é dourado quase todo dia
E alegre como a luz

Rio é mar, eterno se fazer amar
O meu Rio é lua
Amiga branca e nua
É sol, é sal, é sul
São mãos se descobrindo em todo azul
Por isso é que meu Rio da mulher beleza
Acaba num instante com qualquer tristeza
Meu Rio que não dorme porque não se cansa
Meu Rio que balança

Sou Rio, sorrio
Sou Rio, sorrio
Sou Rio, sorrio
Sou Rio, sorrio
Sou Rio, sorrio