sábado, 11 de setembro de 2010

Respeitável público: Sábado que vem festa da Primavera

Jacaré, em alegria, vai ao ar da Vila e com as maritacas não se veste como os lírios do campo mas o vê e traz aqui:

Jacaré se rende à maioria do Bloco e vem cantar Ferreira Gullar para o dia 18

Cantiga pra não morrer
Ferreira Gullar


Quando você for se embora,
moça branca como a neve,
me leve.

Se acaso você não possa
me carregar pela mão,
menina branca de neve,
me leve no coração.

Se no coração não possa
por acaso me levar,
moça de sonho e de neve,
me leve no seu lembrar.

E se aí também não possa
por tanta coisa que leve
já viva em seu pensamento,
menina branca de neve,
me leve no esquecimento.

Moça de sonho e de neve,
me leve no esquecimento,
me leve.

Jacaré também por recomendação da Leila, foi a tribo do Kuikuros pegar pequi

e cantar pintado de urucum capixaba ouvindo Dircinha Batista em A india vai ter nenem

A índia vai ter neném!
Mais um, mais um
Mais um que vem! (bis)

Depois que vem o "baby",
Chefe pinta "baby" de urucum,
E fica a tribo toda só na boca:
Mais um, mais um, mais um!

Ao final do cordão teremos:

Rique pintado de índio comendo galinha caipira com pequi sugerida pelo Sergio Rosa,

Luciano cantando a Ìndia e a Cantiga com a Parcimônia

Marcelinho e Aldo declamando Gullar de cor

As jacarenses, Sônias e outras mais não menos importantes de pareô

Waguinho reclamando mas sorrindo

e os foliões embalsamados

2 comentários:

  1. Gullar disse que aprendeu muitas coisas com seu gato chamado Gatinho, bicho sabido e companheiro, inclusive quando ele se foi o velho poeta não teve outro, pois afirma que amigo não se substitui. Teve também filhos esquizofrênicos e algumas dezenas de dores, mas forte e sonhador segue caminhando e ofertando aos que se aproximam, “poemas janelas” por onde nossas almas conseguem vislumbrar e resgatar sua melhor parte, por vezes esquecida na mesmice da vida.
    Mas para o Jacaré não ficar com ciúme do bichano do Gullar, ele precisa saber que é Epicurista, pois segue os preceitos do filósofo acerca da essencial da vida, e mesmo sendo um bicho d’água, busca a liberdade, a felicidade e desafia o tempo, exigindo que ele seja suficiente para que se medite sobre tudo isso.
    Assim, mesmo que muitos de nós não fuja de casa aos oitenta anos, e outros não realizem o amor presente nos poemas de Yeats, uma coisa é certa, a primavera sempre vai chegar, florindo os Ypês da Vila e lançando luz nos nossos ouvidos.

    Leila Sales

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  2. Desculpe, só dando uma corrigidinha básica: "mesmo que muitos de nós não fujamos..."
    Leila.

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