Ontem nos preparativos, na esquina do Jacaré, uma namorada tentou depositar seu sonho, o namorado quatro por quatro, na caixinha de guardar sonho para o sorteio - ele não aceitou e fugiu com medo de virar sapo.
Numa outra mesa, Patrícia tentou enfiar na caixinha Freud e Jung - a porrada comeu na caixa, não deu certo a tentativa de reconciliação.
Vera, que perdeu a lata com pó de arroz, sonhando encontrar a latinha tentou mas a lata também não entrou na caixa.
Pegaram um cavalo ferro e esse sim entrou na caixinha, é só ouvir com Fagner ou Ednardo - Jacaré deixa e convida:

Montado num cavalo ferro
Vivi campos verdes, me enterro
terras trópico-americanas
Trópico-americanas, trópico-americanas
E no meio de tudo, num lugar ainda mudo
Concreto ferro, surdo e cego
Por dentro desse velho, desse velho
Desse velho mundo
Pulsando num segundo letal
No planalto central
Onde se divide, se divide, se divide
O bem e o mal
Vou achar o meu caminho de volta
Pode ser certo, pode ser direto
Caminho certo sem perigo, sem perigo
Sem perigo, sem perigo fatal

"Aqui fala Adamastor das Tormentas:"
ResponderExcluirLiguei para o Sergio Rosa, estou em alto mar com Thetis chegando para a festa de hoje, perguntando porque ele citou a Tropicália, linda no Planalto Central.
Ele me disse que é porque o Caetano é um tremendo reaça e naõ quis colocá-lo na página.
Tá bom, respeito a opinião do Sergio Rosa mas meu sonho então são as idéias e ações libertárias dos anos 70 e la vai:
http://letras.terra.com.br/caetano-veloso/44785/
Sobre a cabeça os aviões
Sob os meus pés os caminhões
Aponta contra os chapadões
Meu nariz
Eu organizo o movimento
Eu oriento o carnaval
Eu inauguro o monumento
No planalto central do país...
Viva a bossa
Sa, sa
Viva a palhoça
Ca, ça, ça, ça...(2x)
O monumento
É de papel crepom e prata
Os olhos verdes da mulata
A cabeleira esconde
Atrás da verde mata
O luar do sertão
O monumento não tem porta
A entrada é uma rua antiga
Estreita e torta
E no joelho uma criança
Sorridente, feia e morta
Estende a mão...
Viva a mata
Ta, ta
Viva a mulata
Ta, ta, ta, ta...(2x)
No pátio interno há uma piscina
Com água azul de Amaralina
Coqueiro, brisa
E fala nordestina
E faróis
Na mão direita tem uma roseira
Autenticando eterna primavera
E no jardim os urubus passeiam
A tarde inteira
Entre os girassóis...
Viva Maria
Ia, ia
Viva a Bahia
Ia, ia, ia, ia...(2x)
No pulso esquerdo o bang-bang
Em suas veias corre
Muito pouco sangue
Mas seu coração
Balança um samba de tamborim
Emite acordes dissonantes
Pelos cinco mil alto-falantes
Senhoras e senhores
Ele põe os olhos grandes
Sobre mim...
Viva Iracema
Ma, ma
Viva Ipanema
Ma, ma, ma, ma...(2x)
Domingo é o fino-da-bossa
Segunda-feira está na fossa
Terça-feira vai à roça
Porém!
O monumento é bem moderno
Não disse nada do modelo
Do meu terno
Que tudo mais vá pro inferno
Meu bem!
Que tudo mais vá pro inferno
Meu bem!...
Adamastor, seja benvindo mais uma vez e fico Gil, que não perdeu a diginidade.
ResponderExcluirE tem mais, o Caetano ainda andou falando mal de Noel Rosa.
Aquele abraço - http://www.youtube.com/watch?v=62lXNYZ57Uw
Sergio Rosa
Aquele Abraço
Gilberto Gil
O Rio de Janeiro
Continua lindo
O Rio de Janeiro
Continua sendo
O Rio de Janeiro
Fevereiro e março
Alô, alô, Realengo
Aquele Abraço!
Alô torcida do Flamengo
Aquele abraço
Chacrinha continua
Balançando a pança
E buzinando a moça
E comandando a massa
E continua dando
As ordens no terreiro
Alô, alô, seu Chacrinha
Velho guerreiro
Alô, alô, Terezinha
Rio de Janeiro
Alô, alô, seu Chacrinha
Velho palhaço
Alô, alô, Terezinha
Aquele Abraço!
Alô moça da favela
Aquele Abraço!
Todo mundo da Portela
Aquele Abraço!
Todo mês de fevereiro
Aquele passo!
Alô Banda de Ipanema
Aquele Abraço!
Meu caminho pelo mundo
Eu mesmo traço
A Bahia já me deu
Régua e compasso
Quem sabe de mim sou eu
Aquele Abraço!
Prá você que me esqueceu
Ruuummm!
Aquele Abraço!
Alô Rio de Janeiro
Aquele Abraço!
Todo o povo brasileiro
Aquele Abraço!
Eu queria falar de um sonho que diz respeito à preservação dos psitacideos, nossas maritaquinhas, além dos sanhaços, sabiás, bem-te-vis, cambachirras, beija-flores, curiangos (esse é demais, é um pássaro noturno que canta no telhado do prédio vizinho ao meu!), pardaizinhos, rolinhas, mandarins, gaviões, morceguinhos, besouros, borboletas, joaninhas, borboleta olho de boi, dentre tantos outros. Não sei se isso é um sonho ou uma inquietação,mas quero fazer alguma coisa, nem que seja bem pequena.
ResponderExcluirO fato é que das árvores que as maritacas dependem diretamente, restaram poucas. Inclusive tem um candidato aqui do bairro que anda podando excessivamente essas espécies a pedido de eleitores seus, esquecendo-se que elas pertencem aos bichos e ao espaço público, não aos chatos que se incomodam com folhas e flores que caem em suas calçadas. (só pra lembrar, a árvore citada é uma que dá vagens e umas florzinhas amarelas) Para acalmar, lá vai um poeminha:
A maior riqueza do homem é a sua incompletude
Nesse ponto sou abastado.
Palavras que me aceitam como sou – eu não aceito.
Perdoai, mas eu preciso ser outros.
Eu penso renovar o homem usando borboletas.
(A maior riqueza do homem é a sua incompletude. Manoel de Barros) .
*Ah, eu também sonho em ficar no meio de um mato, bem mato. Como esse da foto nas minhas férias.
Esqueci de assinar!
ResponderExcluirLeila Sales
Leila
ResponderExcluirCadê a foto das férias ?
Se quiser, mande para jacarevila@gmail.com
Cordiais saudações
Jacaré
Desculpe,mas talvez não tenha me expressado direito, quero ficar no meio de um mato como o da foto desse post. Eu ainda não fui, mas quando isso acontecer vou registrar tudo, as noites e os dias.
ResponderExcluirAbraço.
Leila Sales.