terça-feira, 21 de setembro de 2010

Dia da árvore - muito a comemorar

Vinte e um de setembro, Jacaré interrompe a publicação das intrigas da festa para comemorar o dia da Árvore que, para os extra jacarenses é véspera da Primavera que chega dia 22 aos cinco minutos.

Jacaré convoca pois a um brinde, mesmo cada um na sua, aos cinco minutos do dia 22 como sugeriu Tânia.

Muito a comemorar porque a Amazônia teve recorde na redução do desmatamento:
E com as condições melhorando o irmão do Norte sai a passeio

Mais um motivo para comemorar é a chegada ao Jacaré a proposta da amiga Leila (leia amanhã o mistério da Leilas) de uma campamha de preservação das árvores de Vila Isabel, preservando as maritacas:

4 comentários:

  1. Como os mortais não se manifestaram, aqui do Cabo da Tormentas vos digo milernamente:

    - Cuidai das maritacas e das árvores.

    Assim falou Adamastor

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  2. A terra e os homens y El nombre del hombre muerto

    ahora se puede dicirlo

    guardemos a terra, as árvores e os homens muito bons que passaram e ficaram

    Sergio Rosa

    Elegia das Águas Negras para Che Guevara


    Atado ao silêncio, o coração ainda
    pesado de amor, jazes de perfil,
    escutando, por assim dizer, as águas
    negras da nossa aflição.

    Pálidas vozes em prado procuram
    O potro mais livre, a palmeira
    mais alta sobre o lago, o barco talvez
    Ou o mel entornado da nossa alegria.

    Olhos apertados pelo medo
    aguardam na noite o sol do meio-dia,
    a face viva do sol onde cresces,
    onde te confundes com os ramos
    de sangue do verão ou o rumor
    dos pés brancos da chuva nas areias.

    A palavra, como tu dizias, chega
    húmida dos bosques: temos que semeá-la;
    chega húmida da terra: temos que defendê-la;
    chega com as andorinhas
    que a beberam sílaba a sílaba na tua boca.

    Cada palavra tua é um homem de pé;
    cada palavra tua
    faz do orvalho uma faca,
    faz do ódio um vinho inocente
    para bebermos contigo
    no coração em redor do fogo.


    de Eugénio de Andrade em Poemas a Guevara (selecção e tradução de Egito Gonçalves - colecção Os Olhos e a Memória - Editora Limiar - 1975)

    Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news03/article.php?storyid=1006#ixzz10Cd3BRJy
    Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives

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  3. Eita bichos bonitos! Agora mesmo estão fazendo a maior bagunça! Ou algazarra como minha Vó falava!
    Só queria falar um pouquinho sobre os motivos para se comemorar - acredito que já mudamos bastante, mas ainda falta muito, inclusive dentro das nossas casas. Não joque o óleo na pia, não use sacolas plásticas, não urine nas árvores e principalmente, consuma menos! Consumir menos é a chave para tudo melhorar.
    Pq. precisamos de tantas coisas? Roupas, carros, aparelhos eletrônicos, celulares. Marx já havia falado sobre a “invenção das necessidades” no século XIX, sei lá...
    Outra coisa, o desmatamento diminuiu , embora muitos de nós ainda compremos produtos que tem origem ilegal, então pq. não damos um pequeno passo verificando a origem da madeira, do registro dos animais que adquirimos , das plantas exóticas, assim como dizia Chico Science, já não estaremos no mesmo lugar.
    Meu coração arde neste dia junto com todas as queimadas que atingem lugares sagrados do nosso país, como o cerrado e a floresta. Mesmo o Lula, o cara que sempre acreditei e continuo acreditando,ignora a agonia das populações atingidas por barragens, queimadas, secas, além é óbvio, dos bichos que não tem voz.
    Eu amo o Jacaré. Espero e desejo que ele permaneça.
    Para os bichos e para nós, Pixinguinha é um bom remédio, basta ouvir o choro “Cochichando”,( http://www.youtube.com/watch?v=7x_B55zs8iM ) as dores diminuem e as feridas começam a cicatrizar. (Pode-se também ter em companhia esse poema de hoje que beija a nossa alma).
    Leila Sales.
    Obs: que coisa linda essa página,meu carinho e admiração para quem a a constrói todos os dias.

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  4. Uma musiquinha bem brejeira para a terra, as árvores e os seres humanos muito bons, incluindo meu pai que nasceu e morreu na primavera e que me ensinou tantas coisas bonitas:

    Gaiolas abertas
    Composição: João Donato e Martinho da Vila
    Voa, voa, passarinha, voa
    A gaiola está aberta
    Nada já te prende mais
    Voa, bate asa e vai embora
    Mas há perigos lá fora
    Visgos e pedras mortais
    Voa, pra ser livre valem os riscos
    Voa, foge lá pros altos picos
    Canta pra chamar o companheiro
    Que anda voando fagueiro
    Entre frutas tropicais

    Leila Sales.
    (eles falam passarinha,muito bom!)

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