domingo, 10 de julho de 2011

A bruxa, que é cega, esbarrou na música do Rio e segue o baile calmamente

Jacaré hoje não falará do braço do Boneco de Noel, falará de uma figura cronista, em letras musicais, chamada Billy Blanco.



A nação jacarense, por João Guerreiro, escolheu a mulher e a praia : "E lá se vai Tereza de braços dados com Billy, neste frio, buscar uma praia mais perto do sol:" Tereza da Praia

Lúcio
Arranjei novo amor
No Leblon
Que corpo bonito
Que pele morena
Que amor de pequena
Amar é tão bom
...
É da praia
Não é de ninguém
Não pode ser tua
Nem minha também
Tereza
É da praia



Sergio Rosa diz que o encontro na eternidade foi pŕa lá de bom com a Banca do distinto cantada por Elis Regina

Não fala com pobre, não dá mão a preto
Não carrega embrulho
Pra que tanta pose, doutor
Pra que esse orgulho
A bruxa que é cega esbarra na gente
E a vida estanca
O enfarte lhe pega, doutor
E acaba essa banca
A vaidade é assim, põe o bobo no alto
E retira a escada
Mas fica por perto esperando sentada
Mais cedo ou mais tarde ele acaba no chão
Mais alto o coqueiro, maior é o tombo do coco afinal
Todo mundo é igual quando a vida termina
Com terra em cima e na horizontal



Com Zé Keti o morro teve voz

Eu sou o samba
A voz do morro
Sou eu mesmo sim senhor
Quero mostrar ao mundo
Que tenho valor
Eu sou o rei do terreiro



Eu sou o samba
Sou natural
Daqui do Rio de Janeiro
Sou eu quem levo a alegria
Para milhões
De corações brasileiros

Salve o samba
Queremos samba
Quem está pedindo
É a voz do povo de um país
Mas o samba
Vamos cantando
Essa melodia
De um Brasil feliz

E na gafieira segue o baile calmamente

Na gafieira
Segue o baile calmamente
Com muita gente dando volta no salão
Tudo vai bem
Mas, eis, porém que de repente
Um pé subiu
E alguém de cara foi ao chão
Não é que o Doca
Um crioulo comportado
Ficou tarado quando viu a Dagmar
Toda soltinha
Dentro de um vestido-saco
Tendo ao lado um cara fraco
E foi tira-la pra dançar

desenho de Leila Pugnaloni

O moço era faixa preta, simplesmente
E fez o Doca rebolar sem bambolê
A porta fecha enquanto dura o vai-não-vai
Quem está fora não entra
Quem está dentro não sai
Mas a orquestra sempre toma providência
Tocando alto pra polícia não manjar
E nessa altura
Como parte da rotina
O piston tira a surdina
E põe as coisas no lugar

2 comentários:

  1. Querido Billy Blanco, Dagmar, faixa preta: esse que vos fala fica com saudades de você e eu sinto na ar Jonny Alfy e Billy Blanco

    Olha, somente um dia longe dos teus olhos Trouxe a saudade de um amor tão perto E o mundo inteiro fez-se tão tristonho Mas embora agora eu te tenha perto u acho graça do meu pensamento
    A conduzir o nosso amor discreto
    Sim, amor discreto pra uma só pessoa
    Pois nem de leve sabes que eu te quero
    E me apraz essa ilusão à toa

    sergio rosa

    ResponderExcluir
  2. Vim de Niterói agora e na barca fiquei olhando esse dia tão lindo, o movimento das ondas e senti pena, muita pena de perder pessoas queridas, animais queridos, tempos queridos.
    Ai que triste!
    Ainda bem que antes tinha visto um quero-quero e um joão-de-barro brincando na grama.
    Leila Sales.

    ResponderExcluir