quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Quintal da Sônia se mostra no que foi a festa de 9 de fevereiro - belíssima


 O verde de verdade que traz esse som verde que te quiero verde

Cada verso é um semente
No deserto do meu peito
E onde rompe a grama verde
Vou deitando o desalento
No rasgo do meu poema
No largo de imagens mortas
Num gesto claro de outono
Na rima de folhas soltas
Na curva de novos versos
Na reta da revivência
Na relação dos desertos
Eu cravo a minha insistência

Hoje o verso é uma semente
Do meu peito num deserto
Verde que te quiero verde
Mas não há verde por perto


O amarelo da casa da camisa também um som traz à festa

Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa compor muitos rocks rurais
E tenha somente a certeza
Dos amigos do peito e nada mais

Eu quero carneiros e cabras
Pastando solenes no meu jardim
Eu quero o silêncio das línguas cansadas
Eu quero a esperança de óculos
E meu filho de cuca legal
Eu quero plantar e colher com a mão
A pimenta e o sal
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos, meus livros e nada mais
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos e livros e nada mais

 QuatroAases e Um curinga no veneno da música de quintal pois todo quintal tem caracol

Há tanto tempo que não tenho onde morar
Se é chuva,apanho chuva
Se é sol,apanho sol
Francamente pra viver nessa agonia
Eu preferia ter nascido caracol

Levava minha casa nas costas muito bem
Não pagava aluguel nem luvas a ninguém
Morava um dia aqui, o outro dia lá
Leblon, Copacabana, Madureira e Irajá



Camisas listradas e muitas ao longe e ao perto com paraty e chá com torradas

Vestiu uma camisa listrada e saiu por aí
Em vez de tomar chá com torrada ele bebeu parati
Levava um canivete no cinto e um pandeiro na mão
E sorria quando o povo dizia: sossega leão, sossega leão

Tirou o anel de doutor para não dar o que falar
E saiu dizendo eu quero mamar
Mamãe eu quero mamar, mamãe eu quero mamar 

Agora a batucada já vai começando não deixo e não consinto
O meu querido debochar de mim
Porque ele pega as minhas coisas vai dar o que falar
Se fantasia de Antonieta e vai dançar no Bola Preta
Até o sol raiar
 
Vozes afinadas com leques e moleques também fizeram a festa como a de Babalu

Está empezando el velorio
Que le hacemos a Babalú
Dame diecisiete velas
Pa pornelas en cruz
Dame un cabo de tabaco, mañiengue
Y un jarrrito de aguardiente
Dame um poco de dinero, mañiengue
Pa que me de la surte
Yo le quero pedir
Que me nego me quiera
Ai, negro
Que le tenga dinero
Y que no se muera
Yo le quero pedir, a Babalú
Un negrito muy santo
Como tu
Que no tenga otra nega
Y que no se muera

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