quinta-feira, 26 de setembro de 2013

De La Fontaine a Luiz Carlos da Vila, assim será o almoço cantante do Jacaré


Todos sabem que Jacaré é feito, movido, dançado e cantado em Vila Isabel com a contribuição financeira da rapaziada militante.

Passa-se uma rifa durante a festa, soma-se à contribuição mensal dos simpatizantes, ora e meia os Bares davam uma forcícula, coisa que já não acontece mais.

Pois bem, vamos fazer uma festa em local fechado para, além de festejar, que é da espécie do Jacaré, fazermos finanças para a festa do aniversário de Noel Rosa.

Mais ou menos assim como foi feito no play do Flavinho em 2008:


A festa haverá, isso é certo, mas jacarenses já pegaram La Fontaine para guia de gestão, tá na moda esse negócio de gestão.

Então, Jacaré apela à nação jacarense que nos apresente a solução que a todos agrade, cantando os Saltimbancos



Jumento não é
Jumento não é
O grande malandro da praça
Trabalha, trabalha de graça
Não agrada a ninguém
Nem nome não tem
É manso e não faz pirraça
Mas quando a carcaça ameaça rachar
Que coices, que coices
Que coices que dá

Então, jacarenses , qual o melhor cardápio e data da festa, feijão da Tia Vicentina ?

Domingo, lá na casa do Vavá
Teve um tremendo pagode
Que você não pode imaginar
Provei do famoso feijão da Vicentina
Só quem é da Portela é que sabe
Que a coisa é divina



O pão, a farinha, feijão, carne seca
Quem é que carrega? Hi-ho
O pão, a farinha, o feijão, carne seca
Limão, mexerica, mamão, melancia
Quem é que carrega? Hi-ho
O pão, a farinha, feijão, carne seca
Limão, mexerica, mamão, melancia
A areia, o cimento, o tijolo, a pedreira
Quem é que carrega? Hi-ho



Dizem que o bobó de camarão está tomando força e ganhará com três corpos de vantagem desde a curva do Hospital, e daí foi-se ao Caymmi para pegar a receita e deu assim :


Bota castanha de caju
Um bocadinho mais
Pimenta malagueta
Um bocadinho mais
Bota castanha de caju
Um bocadinho mais
Pimenta malagueta
Um bocadinho mais
Amendoim, camarão, rala um coco
Na hora de machucar
Sal com gengibre e cebola, iaiá
Na hora de temperar




A mesma mão que faz um bobó é a mesma que faz um peixe com coco, né não Clara ?

Terezinha mandou convidar
No domingo vai dar um jantar
Terezinha mandou convidar
No domingo vai dar um jantar
É um peixe com coco eu vou lá
É um peixe com coco eu vou lá
É um peixe com coco eu vou lá
É um peixe com coco eu vou lá

A pinga vem do alambique
Valdomiro foi buscar
Terezinha na cozinha
Um peixe com coco tem bom paladar
É um peixe com coco eu vou lá
Antes do peixe tem tira gosto
Tem sardinha, tem ostra e atum
Tem manjuba, mexilhão, marisco
Tem agulha frita, siri, guaiamum
É um peixe com coco eu vou lá



No tempero tem salsa e tem cheiro
Cebolinha, tomate e limão
E tem alho, pimenta do reino
Tem coco, dendê, suco de camarão
É um peixe com coco eu vou lá
No final já de barriga cheia
O partido vai continuar
Todo mundo afroxando a correia
Cantando e sambando até o sol raiar
É um peixe com coco eu vou lá



Pra companhar pode ter uma bicada com lambu assado, assim falou Sivuca

Fumo de rolo arreio de cangalha
Eu tenho pra vender, quem quer comprar
Bolo de milho broa e cocada
Eu tenho pra vender, quem quer comprar
Pé de moleque, alecrim, canela
Moleque sai daqui me deixa trabalhar
E Zé saiu correndo pra feira de pássaros
E foi passo-voando pra todo lugar
Tinha uma vendinha no canto da rua
Onde o mangaieiro ia se animar
Tomar uma bicada com lambu assado
E olhar pra Maria do Joá




Quando o cardápio estava indo pro prelo pra imprimir, eis que chegou Monarco sugerindo um macarrão


Quitandeiro, leva cheiro e tomate
Pra casa do Chocolate que hoje vai ter macarrão
Prepara a barriga macacada
Que a boia tá enfezada e o pagode fica bom
Chega só 30 litros de uca
Para fechar a butuca
Desses negos beberrão
Chocolate, tu avisa a crioula
Que carregue na cebola e no queijo parmesão


Seja o rango que for...
pode provar que não tem veneno, assim falou Luiz Carlos da Vila

Provar que não tem veneno
Que não tem veneno, não, pode provar


O feijão que o mestre preparou naquela sexta-feira
Eu provei, todo mundo provou
Você não vai ser a primeira
Provar que não tem veneno...
O melado que a tia guardou está na compoteira
Eu provei, todo mundo provou
Você não vai ser a primeira
Provar que não tem veneno...
O pudim que Maria guardou dentro da geladeira
Eu provei, todo mundo provou
Você não vai ser a primeira
Provar que não tem veneno...
Eu comi, já bebi, repeti, eu não marco bobeira
Eu provei, todo mundo provou
Você não vai ser a primeira
Provar que não tem veneno...
Este samba é de Mestre Candeia e de Wilson Moreira
Eu gostei, todo mundo gostou
Você não vai ser a primeira
Provar que não tem veneno...

6 comentários:

  1. EMBORA NÃO VÁ,PREFIRO O BOBÓ.
    DE MIL!!!

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  2. AGORA O CHATO,É PROVAR Q NÃO SOU UM ROBÔ.UAU!!!! ROSA MARIA VILLELA

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  3. Que tal um torresmo à milanesa com ovo frito à Clemetina e Adoniran ?

    Assinado
    Jacaresne Peixoto

    Que é que você troxe na marmita, Dito?
    Troxe ovo frito, troxe ovo frito
    E você beleza, o que é que você troxe?
    Arroz com feijão e um torresmo à milanesa,
    Da minha Tereza!

    Vamos armoçar
    Sentados na calçada
    Conversar sobre isso e aquilo
    Coisas que nóis não entende nada
    Depois, puxá uma páia
    Andar um pouco
    Pra fazer o quilo

    http://letras.mus.br/adoniran-barbosa/188521/

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  4. Jacarezada embananada com a escolha da comida? Se não chegarem a uma conclusão, vai aqui uma sugestão:
    "Oh, yes!
    Nós temos banana.
    Banana pra dar e vender.
    Banana, menina,
    Tem vitamina,
    Banana engorda e faz crescer..."

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  5. Eu acho que a melhor opção, o melhor alimento, seria fazer um sarau, recheado de poesias e poemas.
    A comida tb. tem que ser gostosa, comida de mãe, de vó, do povo.
    leila sales.

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  6. Que tal um angu de caroço

    Aurora da Pitombeira

    No frevo dança, dancei
    Entrei até o pescoço
    Estava muito mais moço
    E quase me atrapalhei
    E cada passo que eu dei
    Cada fogueira pulei
    E nunca mais que larguei
    Aquele angu de caroço
    Quando cheguei por aqui
    Troquei a hora do trem
    Perdi a vez do almoço
    E nesse pique, porém
    Eu já não era ninguém
    No meio desse alvoroço
    E nunca mais que saí
    Do fundo daquele poço

    http://letras.mus.br/edu-lobo/373096/#selecoes/373096/

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