quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

O quinze de 1930 a 2010 - pelo Wikleaks

Rachel de Queiroz nos deu O Quinze dramatizando a grande seca de 1915.

Chico Bento, Vicente e Conceição são personagens desse cenário brasileiro

(...) E se não fosse uma raiz de mucunã arrancada aqui e além, ou alguma batata-branca que a seca ensina comer, teriam ficado todos pelo caminho, nessas estradas de barro ruivo, semeado de pedras, por onde eles trotavam trôpegos se arrastando e gemendo (...)

Também Baleia sofreu nas Vidas Secas de Graciliano Ramos


Como a seca, a natureza também manda chuva de 1985 com enchente narrada nas vozes de Roberto Ribeiro, João do Vale, João Nogueira, Gil, Amelinha, Paulinho da Viola, Luiz Carlos da Vila, Elba, Elza, Fagner, Ednardo



Hoje, quinze de dezembro de 2010, a transposição do São Francisco, de onde veio a Carranca do Jacaré e as vinícolas no Cerrado são mudanças feitas pelo homem e São Chico volta a dar ciúmes

Dorme o sol à flor do Chico, meio-dia
Tudo esbarra embriagado de seu lume
Dorme ponte, Pernambuco, Rio, Bahia
Só vigia um ponto negro: o meu ciúme
O ciúme lançou sua flecha preta
E se viu ferido justo na garganta
Quem nem alegre nem triste nem poeta
Entre Petrolina e Juazeiro canta
Velho Chico vens de Minas
De onde o oculto do mistério se escondeu
Sei que o levas todo em ti, não me ensinas
E eu sou só, eu só, eu só, eu
Juazeiro, nem te lembras dessa tarde
Petrolina, nem chegaste a perceber
Mas, na voz que canta tudo ainda arde
Tudo é perda, tudo quer buscar, cadê
Tanta gente canta, tanta gente cala
Tantas almas esticadas no curtume
Sobre toda estrada, sobre toda sala
Paira, monstruosa, a sombra do ciúme


Hoje Assenge, o homem do wikleaks está preso, por supostamente, transar sem camisinha na Suécia. Mas está preso mesmo é por enfrentar o Rico e Arrogante Ocidente ao divulgar matérias contando diabos que estam escondidos do mundo



Jacaré é pela liberdade de expressão e canta Zé Keti com Nara Leão

Podem me prender, podem me bater
Podem até deixar-me sem comer
Que eu não mudo de opinião.
Daqui do morro eu não saio não, daqui do morro eu não saio não.
Se não tem àgua, eu furo um poço
Se não tem carne, eu compro um osso e ponho na sopa
E deixo andar, deixo andar
Fale de mim quem quiser falar
Aqui eu não pago aluguel
Se eu morrer amanhã, seu doutor
Estou pertinho do céu
Podem me prender, podem me bater
Podem até deixar-me sem comer
Que eu não mudo de opinião
Daqui do morro eu não saio não, daqui do morro eu não saio não...
Podem me prender , podem me bater, que eu não mudo de opinião, que eu não mudo de opinião...






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