Note-se que João teve no caté da manhã rins fritos,
amanhã é aniversário de Carmen Miranda.
e no segundo movimento de poesia, a poetiza protuguesa Sophia de Melo Breyner Andersen:
O poema
Sophia de Mello Breyner Andersen
O poema me levará no tempo
Quando eu já não for eu
E passarei sozinha
Entre as mãos de quem lê
O poema alguém o dirá
Às searas
Sua passagem se confundirá
Com o rumor do mar com o passar do vento
O poema habitará
O espaço mais concreto e mais atento
No ar claro nas tardes transparentes
Suas sílabas redondas
(Ó antigas ó longas
Eternas tardes lisas)
Mesmo que eu morra o poema encontrará
Uma praia onde quebrar as suas ondas
E entre quatro paredes densas
De funda e devorada solidão
Alguém seu próprio ser confundirá
Com o poema no tempo
Mais poema de Sophia Breyner você encontra em no blog Blood Butterfly juntamente com a flor amarela aqui em baixo:

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