quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

126 anos de Jacaré, com Ernesto Nazareh, Zé Pereira e Voilà


Desde 1886, nosso Bloco Jacaré obtinha menção honrosa nas ruas do Rio de Janeiro, com o pode ser visto nessa matéria enviada pelo jacarense José Pereira do Vaz, testemunha ocular do acontecido, e publicada na Gazeta de Notícias de 7 de março de 1886.


Naquela ocasião, não naquele ano exactamente, Ernesto Nazareth compôs essa doçura de valsa para o Eu sou eu, jacaré é bicho d´água como se pode perceber com o som de Radamés Gnatali


Ao Jacaré, fez-se poesia também naquele século XIX. Vide pois a referência à água, escondida na palavra aguardo  abaixo, se não é diretamente ligada ao nosso Bloco no que diz respeito ao bicho d´água.


    Voilà ce que l'on dit de moi 
    Dans la Gazette de Hollande.

À Carmen Silva, à rainha
Da Rumânia, à delicada,
Egrégia colega minha,
Pelas musas laureada,

Pobre trovador do Rio,
Cantor da pálida lua,
Esta breve carta envio,
E aguardo a resposta sua.

Note bem que lhe não falo
Das suas lindas novelas,
Nem do plácido regalo
Que nos dá com todas elas.

Não, augusta e bela moça,
Não é prosa nem poesia
O meu assunto ... Ouça, ouça,
Verá que é sensaboria.

Cá se soube que um partido,
Que há muito não dava cacho,
Após combate renhido,
Tomou ao outro o penacho.

Nota da redação: não se permitiu o uso de cores nessa edição posto que estamos em 1886 e, portanto, sem jornal a cores.




Por que tudo isso ?

Porque dia 8 de março teremos uma festa comemorando 126 anos:


A festa
dia 8 de fevereiro
sexta
dia dos Bailes do Jacaré
daqueles que abalaram a Corte e balouçaram as cabrochas
18 horas - infantil
20 horas - varonil 

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