segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Noel vestiu rosa, comemorou aniversário, derrubou o golpe e uma árvore para fechar a rua e foi parte do Acordo do Clima na ONU - Êta festa

Noel vestiu-se de rosa abraçado pelas jacarenses Valéria, Sheila - a aniversariante, Sônia Pardal e Rose - rainha do Jacaré.


Depois, ou antes, ou durante, com Sergio Rosa uma cerveja derrubou, protegidos pelo estandarte do Bloco.


Noel avisou ao Jacaré que choveria na festa mas as gotas seriam lágrimas de emoção de São Pedro e que ele daria uma força na esquina à noite, então cantamos assim : O orvalho vem caindo


O orvalho vem caindo, vai molhar o meu chapéu
e também vão sumindo, as estrelas lá do céu
Tenho passado tão mal
A minha cama é uma folha de jornal

A minha sopa não tem osso e nem tem sal
Se um dia passo bem, dois e três passo mal
(Isso é muito natural!)


A turma deu uma arrumada no palco com a costumeira varrida bailada por João Guerreiro pois quem ama cuida.




Então da vassoura fez-se o grupo e do grupo fez-se a foto num canto em homenagem a Mariana e em protesto à Vale, que já foi do Rio Doce e tirou-o de seu nome pois planejava destruí-lo com lama de ferro mas o Calix Bento recuperará o rio

Oh, Deus salve o oratório
Onde Deus fez a morada, oiá, meu Deus
Onde Deus fez a morada, oiá

Onde mora o cálice bento
E a hóstia consagrada, oiá, meu Deus
E a hóstia consagrada, oiá

De Jessé nasceu a vara
Da vara nasceu a flor, oiá, meu Deus
Da vara nasceu a flor, oiá

E da flor nasceu Maria
De Maria o Salvador, oiá, meu Deus





Com água de cheiro vinda das escadas do Bonfim a lavagem da estátua foi celebrada por Sônia, Ric, Jario e Lucinha.

Isto posto, nossa rainha do Bloco, Rose balançou com o rebolado ao som de samba da melhor qualidade, gravado pelo Diretor de cinema Pardal, melhor que Buñel, nesse endereço :





O sol da Vila é triste

Samba não assiste

Porque a gente implora:

"Sol, pelo amor de Deus,

não vem agora

que as morenas

vão logo embora


Eu sei tudo o que faço
sei por onde passo

paixao nao me aniquila

Mas, tenho que dizer,

modéstia à parte,

meus senhores,

Eu sou da Vila!




Tudo sob a batuta do maestro Jairo com a garotada na sinfônica.


Durante a cerimônia, um pavão misterioso enviado por Luciano, cantor maior do Jacaré, se chegou e anunciou o acordo sobre o Clima na ONU com brilhante participação da delegação brasileira...




e assim cantou com Ednardo:


Pavão misterioso

Pássaro formoso

Tudo é mistério

Nesse teu voar


Ai se eu corresse assim

Tantos céus assim

Muita história

Eu tinha prá contar...


Pavão misterioso

Nessa cauda

Aberta em leque

Me guarda moleque

De eterno brincar






Sônia Balão, no comando de camisa vermelha, avisou :

- Vamos para a esquina que o samba vai começar lá





Então, como dizem os paulistas, nós si chegamos na esquina e Pecê Ribeiro contou uma estória que ele cantou com Noel Rosa pelas ruas da Vila pois do meu samba tu és o estribilho.


Até amanhã se Deus quiser

Se não chover eu volto pra te ver

Oh, mulher!

De ti gosto mais que outra qualquer

Não vou por gosto

O destino é quem quer


Adeus é pra quem deixa a vida

É sempre na certa em que eu jogo

Três palavras vou gritar por despedida:

"Até amanhã! Até já! Até logo!"


O mundo é um samba em que eu danço

Sem nunca sair do meu trilho

Vou cantando o teu nome sem descanso

Pois do meu samba tu és o estribilho




Marcelinho recitou poesia enquanto a chuva caía, viva a última flor do Lácio, de Bilac já homenageado pelo Jacaré :


Última flor do Lácio, inculta e bela,

És, a um tempo, esplendor e sepultura:

Ouro nativo, que na ganga impura

A bruta mina entre os cascalhos vela...


Amo o teu viço agreste e o teu aroma

De virgens selvas e de oceano largo!

Amo-te, ó rude e doloroso idioma,




Luciano comandou a banda em muitas deliciosas músicas incluindo o hino do Bloco.

E que se foda o bar do Costa
Em rio de piranha
Jacaré nada de costas

A cerveja está gelada
Abre uma e é pra já

Ora direis estelas, estrelas como Vila Isabel... no limiar do infinito ... Jacaré encontra seu destino no tabuleiro da baiana, aquarela do Brasil o teu cabelo não nega




Simone, nossa jacarense de coração, ciceroneada pela Rachel, observadas por Luciene após o canto, vaticinaram: FORA CUNHA ! Levando um grande chute.


A colombina entrou num butiquim

Bebeu, bebeu, saiu assim, assim

Dizendo: pierrô cacete
Vai tomar sorvete com o arlequim


Um grande amor tem sempre um triste fim

Com o pierrô aconteceu assim

Levando esse grande chute

Foi tomar vermute com amendoim






É seu Cunha, o Senhor que quer reduzir a liberdade das mulheres, saiba que no Jacaré quem manda é a mulher como mostrado pela nossa ritmista Thais, com Heitor dos Prazeres e Gilberto Alves:

Não se deve amar sem ser amado

É melhor morrer crucificado

Deus nos livre das mulheres que hoje em dia

Desprezam o homem só por causa da orgia

Gosto que me enrosco de ouvir dizer

Que a parte mais fraca é a mulher



Mas o homem, com toda a fortaleza

Desce da nobreza e faz o que ela quer


Daí a chuva caiu forte, forte muito forte e a contradição dialética mostrou-se amiga do Jacaré pois:

A Prefeitura não autorizou fechar a rua
Se a rua tivesse sido fechada, o som ficaria debaixo da barraca
Com a chuva forte o som teria de parar
Como o som ficou no calçadão do Costa, deu nem te ligo pra chuva




Para melhorar mais, Noel derrubou com a ajuda da chuva uma galhada de árvore e fechou a rua com som na calçada e baile na rua.


Daí em diante a festa rolou assim ou mais ou menos assim em quase fotos:
















 E, dando os trâmites por findos, Jacaré caiu no absinto da fada verde assim cantando:
Dizem que a mulher é a parte fraca
Nisto é que eu não posso acreditar
Entre beijos e abraços e carinhos
O homem não tendo é bem capaz de roubar

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