... num cantinho da esquina para criação e organização da festa dos 100 ano de Noel em 11 de dezembro
enquanto o bate papo não vem, Jacaré bate esse papo sobre a cultura e seu tempo
1984, ano I da Era Orwell
enquanto os mortais
aceleram urânio
a borboleta
por um dia imortal
elabora seu vôo ciclâmen
Haroldo de Campos

Há que se abaixar a temperatura para que não se queimem os livros a là
Fahrenheit 451 e
inda bem
que as imagens assumiram suas vidas de retorno
e
salvaram Monteiro Lobato
das chamas
Sítio do Pica-Pau Amarelo Gilberto Gil
Marmelada de banana, bananada de goiaba
Goiabada de marmelo
Sítio do Pica-Pau amarelo
Sítio do Pica-Pau amarelo
Boneca de pano é gente, sabugo de milho é gente
O sol nascente é tão belo
Sítio do Pica-Pau amarelo
Sítio do Pica-Pau amarelo
Rios de prata, pirata
Vôo sideral na mata, universo paralelo
Sítio do Pica-Pau amarelo
Sítio do Pica-Pau amarelo
No país da fantasia, num estado de euforia
Cidade polichinelo
Sítio do Pica-Pau amarelo
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Sem conciliar com qualquer tipo de preconceito e racismo, Jacaré, que deve ter os dinossauros como ancestrais, não aceita também o obscurantismo, pede passagem, saúda Elis Regina em duas interpretações musicais com letras contraditórias que ficarão,
como os escritos de Sartre, para todo o tempo
- Nada nos bolsos, nada nas mãos... da vida deixo meus escritos que ficarão para serem lidos (Jean Paul Sartre)
Nega do cabelo duro 
Ah! Ouve essas fonte murmurantes
Onde eu mato minha sede
E onde a lua vem brincar
Ah! Esse Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil, brasileiro
Terra de samba e pandeiro
Brasil, pra mim, Brasil,
Brasil, pra mim
Nega do cabelo duro
Qual é o pente que te penteia
Qual é o pente que te penteia
Qual é o pente que te penteia, ô nega
Teu cabelo está a moda
E o teu corpo bamboleia
Minha nega, meu amor
Qual é o pente que te penteia, ô nega
Brasil, pra mim, Brasil, pra mim
Brasil
Black is beautiful Hoje cedo, na rua Do Ouvidor
Quantos brancos horríveis eu vi
Eu quero um homem de cor
Um deus negro do Congo ou daqui
Que se integre no meu sangue europeu
Black is beautiful, black is beautiful
Black beauty so peaceful
I wanna a black I wanna a beautiful
Hoje a noite amante negro eu vou
Vou enfeitar o meu corpo no seu
Eu quero este homem de cor
Um deus negro do congo ou daqui
Que se integre no meu sangue europeu
Black is beautiful, black is beautiful
Black beauty so peaceful
I wanna a black I wanna a beautiful
Samba Enredo 1967 - o Mundo Encantado de Monteiro Lobato
G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira
Composição: Hélio Turco, Darci, Jurandir, Batista e Luiz
Na voz de Elza Soares

Foto copiada da página do Samba Rio
Quando uma luz divinal
Iluminava a imaginação
...
Sublime relicário de criança
Que ainda guardo como herança
No meu coração
...
Da literatura infantil
Enriquecem o cenário do brasil
...
E assim...
E assim
Neste cenário de real valor
Eis... o mundo encantado
Que monteiro lobato criou