terça-feira, 21 de agosto de 2012

Amizade entre Jorge Amado, Caymi, Camafeu, Scott Mackenzie tudo tudo com flores na cabeça


A flor que enfeita a cabeça do ser que faz no Candomblé a cabeça é a mesma que em San Francisco plantou o Flower Power e Make Love Not War, assim falou Jacaré seguindo conselho do jacarense Luciano Macedo e tudo o mais que se pode cantar.

Trocando em miúdos, Luciano enviou para o Jacaré uma carta escrita por Caymi para Jorga Amado e que emociou a Nação jacarense com coisa assim:

"Quero te dizer uma coisa que já te disse uma vez, há mais de vinte anos quando te deu de viver na Europa e nunca mais voltavas: a Bahia está viva, ainda lá, cada dia mais bonita, o  firmamento azul, esse mar tão verde e o povaréu. Por falar nisso, Stela de Oxóssi é a nova iyalorixá do Axé e, na festa da consagração, ikedes e iaôs, todos na roça perguntavam onde anda Obá Arolu que não veio ver sua irmã subir ao trono de rainha?"



Essa fala cantada se diz assim :

"Adalgisa mandou dizer
que a bahia tá viva, ainda lá
que a bahia tá viva, ainda lá
que a bahia tá viva, ainda lá
Com a graça de Deus, ainda lá
...
E nada mudou, ainda lá
...
O meu candomblé, ainda lá
...
O meu afoxé, ainda lá
que a bahia tá viva, ainda lá
que a bahia tá viva, ainda lá
que a bahia tá viva, ainda lá


E Jacaré ao passar pela cidade da Bahia foi diretinho, como o Ricaho do Navio, comer umas lambretas no térreo e no andar de cima comer no restaurante Camafeu de Oxóssi no Mecado Modelo:





"Pois ontem, às quatro da tarde, um pouco mais ou menos, saí com Carybé e Camafeu a te procurar e não te encontrando, indagamos: que faz ele que não está aqui se aqui é seu lugar? A lua de Londres, já dizia um poeta lusitano que li numa antologia de meu tempo de menino, é merencória"


Nesse momento, Jacaré velho de guerra, como Tereza Batista, é que foi descobrir que Ary Baroso meteu uma mreancória na Aqaurela do Brasil"


Brasil!
Meu Brasil brasileiro
Meu mulato inzoneiro
Vou cantar-te nos meus versos
O Brasil, samba que dá
Bamboleio, que faz gingar
O Brasil, do meu amor
Terra de Nosso Senhor
Brasil! Pra mim! Pra mim, pra mim
Ah! abre a cortina do passado
Tira a mãe preta do cerrado
Bota o rei congo no congado
Brasil! Pra mim!
Deixa cantar de novo o trovador
A merencória luz da lua
Toda canção do meu amor



Caymi medeia assim sua carta escrita em parceria com Luciano:

"A daqui é aquela lua. Por que foi ele para a Inglaterra? Não é inglês, nem nada, que faz em Londres? Um bom filho-da-puta é o que ele é, nosso irmãozinho."

Pois é, Jacaré, puta velha, não sabia da merancória luz da lua.

E com a luz da Lua, Jacaré se despede hoje, fechando a edição cantando esse Hino com Scott Mackenzie



If you're going to San Francisco
Be sure to wear some flowers in your hair
If you're going to San Francisco
You're gonna meet some gentle people there
For those who come to San Francisco
Summertime will be a love-in there
In the streets of San Francisco
Gentle people with flowers in their hair



All across the nation such a strange vibration
People in motion
There's a whole generation with a new explanation
People in motion people in motion
For those who come to San Francisco
Be sure to wear some flowers in your hair
If you come to San Francisco
Summertime will be a love-in there
If you come to San Francisco
Summertime will be a love-in there

 Kombi do Rique Power

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Jacaré οἰκουμένη celebra Yemanjá e N S da Glória nesse 15 de agosto

Jacaré amanheceu ecumênico, não deixando de ser laico tampouco desprezando o Lácio donde vieram suas letras assim como as do Bloco escritas por Aldo, Serginho, Luciano, Marcelinho e outros muitos.



Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
...
Em que da voz materna ouvi: "meu filho!"
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!

Ora direis ouvir estrelas.. Tresloucado amigo
 
E esse Bilac aí de cima, Jacaré cantou :

- Ora direis ouvir estrelas, estrela só no bairro de Noel...



Depois de Bilac, veio Vinícius com Toquinho saudando Yemanjá:


Maria que não foi com as outras
Maria que não foi pro mar
No dia dois de fevereiro
Maria não bincou na festa de Iemanjá
Não foi jogar água de cheiro
Nem flores pra sua Orixá
A Iemanjá pegou e levou
O moço de Maria para o mar

 
Maria ficou triste mas Jacaré lembrou que quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ser nada não


Quem já passou por essa vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu
Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não
Nao há mal pior do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão
Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair
Pra que somar se a gente pode dividir
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer
Ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão



Dando prova de seu ecumenismo, Jacaré agora com Bach saúda Nossa Senhora da Glória, que vive linda no Outeiro do Rio de Janeiro na alegria dos homens com Baden Powell

sábado, 4 de agosto de 2012

Severino Araújo junta-se a Ed Lincoln e Paulo Moura num baile no céu


Um músico assim da gente ter de tirar o chapéu deixa-nos e Jacaré, nessa manhã de sábado, passa o documentário para Severino Araújo



E vamos nesse baile de formatura com a Orquestra Tabajara abrindo a festa com The shadow of your smile


Jacaré lembra que o jacarense Chico Rocha promoveu muitas festas com a orquestra Tabajara sob a batuta de Severino Araújo, e de uma das festas veio essa grata surpresa, abaixo:


Jacaré diz, com João Cabral:  Meu nome também é Severino

 O meu nome é Severino, não tenho outro de pia. Como há muitos Severinos, que é santo de romaria, deram então de me chamar Severino de Maria. Como há muitos Severinos com mães chamadas Maria, fiquei sendo o da Maria do finado Zacarias. Mais isso ainda diz pouco: há muitos na freguesia, por causa de um coronel que se chamou Zacarias e que foi o mais antigo senhor desta sesmaria. Como então dizer quem fala ora a Vossas Senhorias? Vejamos: é o Severino da Maria do Zacarias, lá da serra da Costela, limites da Paraíba. Mas isso ainda diz pouco: se ao menos mais cinco havia com nome de Severino filhos de tantas Marias mulheres de outros tantos, já finados, Zacarias, vivendo na mesma serra magra e ossuda em que eu vivia.



sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Jacaré, tocando Harpa com Paulo Vanzolini, conversa contra os chatos com Jung, Antonio Maria e Zeca Pagodinho


Estava Jacaré andando pelas nuvens e de lá ouviu esse delicioso Juízo Final

No último dia da vida
Encontrei-me com os meus pecados
Uns maiores, outros menores
Mas no geral bem pesados
Do outro lado somente
A ingratidão que sofri
O anjo pôs na balança
E vestido de branco eu subi.


 Michelangelo - Juizo Final
Agora só toco harpa
De camisola e sandália
Espio pra ver lá embaixo
A quadrilha da fornalha
Aquela ingrata hoje está
Trabalhando de salsicha
Espetadinha no garfo
Satanás fritando a bicha
Ô demônio: capricha!

Tentando passar de uma nuvem à outra, um chato mandou uma Hapia para atacar o Jacaré


Tendo aprendido nessa página, aonde estamos, Jacaré fez salscicha de harpia, a meteu no espeto e fez um churrasquinho melhor que de gato.

Di Cavalcanti


Esse churrasco aconteceu nas nuvens de Recife, terra de Antônio Maria que no dia que  morreu, ele dentro de um galo, falou com Vinícius que a morte não é coisa ruim não. A situação era até boa mas que estava preocupado que seu  lugar no céu fosse perto de chatos pois não poderia se livrar deles porque a eternidade é, como se diz, eterna mesmo e nunca mais se livraria dos chatos.

Fugindo dos chatos melhor é até o fracasso de Ninguém me ama

Ninguém me ama, ninguém me quer
Ninguém me chama de meu amor
A vida passa, e eu sem ninguém
E quem me abraça não me quer bem
Vim pela noite tão longa de fracasso em fracasso
E hoje descrente de tudo me resta o cansaço
Cansaço da vida, cansaço de mim
Velhice chegando e eu chegando ao fim



Jung escrevendo sobre a vida após a morte falou que tem gente que gostaria de ficar tocando harpa nas nuvens pela eternidade e outros, que por acharem isso chato, prefeririam não  morrer. Também ouvindo uma harpa paraguaya dessa é melhor não morrer para não ficar eternamente ouvindo isso



Mas não há mal que nunca se acabe nem bem que sempre perdure, Zeca Pagodinho, em entrevista também falou que medo da morte não tem mas que acha chato morrer e ficar na eternidade rodeado de chatos.

É só ouvir o Zeca pois Jacaré descobriu que ama demais

Ao final dessa edição chegou a notícia que as harpias jacarenses estariam em debandada com medo de serem tranformadas em salshichas.

Jacaré tranquiliza, isso é intriga da oposição, as jacarenses harpias não são e sequer tocarão harpa ad eternum




Se não tiver jetio, contra o chato use neocid

domingo, 29 de julho de 2012

Zarathustra visita Jacaré com Strauss e Eumir Deodato

Foi provocar e Zarathustra veio musicar. Jacaré faz reverência:

Strauss clássico de viajar no tempo ouvindo Assim falou Zarathustra em 2001




Jacaré na bossa nova com Eumir Deodato também no Assim falou Zarathustra

Dormir sonhando, é a ordem

Assim falou Jacaré



Antes de dormir, uma balançadnha com Leni Andrade

Pobre samba meu
Foi se misturando se modernizando, e se perdeu
E o rebolado cadê?, não tem mais
Cadê o tal gingado que mexe com a gente
Coitado do meu samba mudou de repente
Influência do jazz
Quase que morreu
E acaba morrendo, está quase morrendo, não percebeu
Que o samba balança de um lado pro outro
O jazz é diferente, pra frente pra trás
E o samba meio morto ficou meio torto
Influência do jazz



No afro-cubano, vai complicando
Vai pelo cano, vai
Vai entortando, vai sem descanso
Vai, sai, cai... no balanço!
Pobre samba meu
Volta lá pro morro e pede socorro onde nasceu
Pra não ser um samba com notas demais
Não ser um samba torto pra frente pra trás
Vai ter que se virar pra poder se livrar
Da influência do jazz

Finalizando o final Tom Jobim fala de samba e jazz

e depois do final a Batida Diferente de Durval Ferreira

sábado, 28 de julho de 2012

Jacaré na madrugada escuta Adelzon Alves e curte sua dor de corno com Schopenhauer


A Jacaroa, que tanto amava   Jacaré   ( como é que a mulher vai viver sem mentir ?), se enrabichou por um Crocodilo e Jacaré não teve outra saída que não fosse a Filosofia, um wisky JB e na vitrola, que será vista ainda nessa edição, B.B. King a tocar sem parar...



Jacaré perguntou ao jacarense Luciano o que fazer e então dele ouviu Schopenhauer:

"A visão da nossa existência segundo a opinião dos outros pode atingir fortemente as nossas inseguranças, assim como pode nos ensinar que isto, em si, não é essencial para nossa felicidade..."

No que a jacarense Rachel, dialética, contestou:

"Ai Luti, não me decepcione.... beijos contraditórios"



Jacaré cantou então Paulinho da Viola com Sentimento

Sentimentos em meu peito eu tenho demais
A alegria que eu tinha nunca mais
Depois daquele dia em que eu fui sabedor
Que a mulher que eu mais amava
Nunca me teve amor
Hoje ela pensa que estou apaixonado
Mas é mentira está dando um golpe errado
Agora estou resolvido
A não amar a mais ninguém
Porque sem ser amado não convém


E o jacarense João Guerreiro afundou mais o Jacaré ao sacar de Nietzsche:

"não esqueça que quando adestramos a nossa consciência, ela nos beija ao mesmo tempo que nos morde... "

Sergio Rosa, jacarense, piorou as coisas também com Nietzche dessa vez acompanhado de Gil : Água mole, Pedra dura, Tanto bate, Que não restará nem pensamento...

E Jacaré esteve a ponto de juntar uma patota e partir para fazer caldeirada de crocodilo. Mas nesse momento eis que o doce sentimento feminino tomou conta da situação com a voz da jacarense Sheila:

- Também não sei viver sem tu! Deixa meu nominho aí.



Daí Jacaré se reanimou e na vitrola entrou Candeia na Filosofia do Samba

Pra cantar samba
Não preciso de razão
Pois a razão
Está sempre com os dois lados
Amor é tema tão falado
Mas ninguém seguiu
Nem cumpriu a grande lei
Cada qual ama a si próprio
Liberdade e Igualdade
Aonde estão não sei

Mora na filosofia
Morou, Maria!
Morou, Maria?
Morou, Maria!

Vitrola de Pardal e Suzana Cardoso

Pra cantar samba
Veja o tema na lembrança
Cego é quem vê só aonde a vista alcança
Mandei meu dicionário às favas
Mudo é quem só se comunica com palavras
Se o dia nasce, renasce o samba
Se o dia morre, revive o samba


Assim com tudo arrumado, Jacaré na Rádio Nacional com Adelzon Alves continou a curtir a madrugada mas com alegria ouvindo samba e choro






sexta-feira, 20 de julho de 2012

Jacaré no dia do amigo saúda o Amigo da Onça


Os tempos mudaram, hoje somos todos amigos da onça e há que preservá-la.

"Feliz dia do amigo, para todos os jacarenses.
 Amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito.- 
 Ricardo Feitoza, jacarense"


Personagem, satírica e crítica, criada por Péricles em 1943, o Amigo da Onça era numa charge o que hoje os interneteiros podem chamar de meme - aquela expressão do Amigo da Onça!



Dois caçadores conversam em seu acampamento:
— O que você faria se estivesse agora na selva e uma onça aparecesse na sua frente?
— Ora, dava um tiro nela.
— Mas se você não tivesse nenhuma arma de fogo?
— Bom, então eu matava ela com meu facão.
— E se você estivesse sem o facão?
— Apanhava um pedaço de pau.
— E se não tivesse nenhum pedaço de pau?
— Subiria na árvore mais próxima!
— E se não tivesse nenhuma árvore?
— Sairia correndo.
— E se você estivesse paralisado pelo medo?
Então, o outro, já irritado, retruca:
— Mas, afinal, você é meu amigo ou amigo da onça?



Nesse nosso tempo, que não é de Castro Alves, os politicamente corretos e chatos muito provavelmente condenariam o Amigo da Onça por querer matar a onça... mas Jacaré que é amigo da onça fala:

 - nem te ligo
 


A editoria do Jacaré não encontrou na internete a música feita por Toquinho para ouvir mas garante que é bela 

Meu tempo escutou, vindo lá do passado,
Um poeta que o tempo guardou.
Meu tempo é apressado, meu tempo é danado:
Meu tempo tudo mudou.

Meu tempo mal guarda o sabor do presente
E se atira prum tempo melhor.
Meu tempo não pensa, está sempre adiantado:
Esqueceu o que sabe de cor.



Meu tempo é de morte pra vida.
Meu tempo se escorre na multidão.
Meu tempo, poeta, é um tempo engraçado:
É o tempo da lua na televisão.

Meu tempo é do homem aflito,
Apressado, angustiado, sem remissão.
Meu tempo, poeta, não é do seu tempo:
É outra a nossa canção. 

Feliz dia do amigo, para todos os jacarenses.
Amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito.- 
Ricardo Feitoza


Dando os trâmites por findos, Jacaré vaticina:

Amigo é p'ra essas coisas, quem nunca entrou nessa, assim falou Jacaré:

- Salve!
- Como é que vai?
- Amigo, há quanto tempo!
- Um ano ou mais...
- Posso sentar um pouco?
- Faça o favor
- A vida é um dilema
- Nem sempre vale a pena...
- Pô...
- O que é que há?
- Rosa acabou comigo
- Meu Deus, por quê?
- Nem Deus sabe o motivo
- Deus é bom
- Mas não foi bom pra mim
- Todo amor um dia chega ao fim
- Triste
- É sempre assim
- Eu desejava um trago
- Garçom, mais dois
- Não sei quando eu lhe pago
- Se vê depois
- Estou desempregado
- Você está mais velho
- É
- Vida ruim
- Você está bem disposto
- Também sofri
- Mas não se vê no rosto
- Pode ser...
- Você foi mais feliz
- Dei mais sorte com a Beatriz
- Pois é
- Pra frente é que se anda
- Você se lembra dela?
- Não
- Lhe apresentei
- Minha memória é fogo!
- E o l´argent?
- Defendo algum no jogo
- E amanhã?
- Que bom se eu morresse!
- Prá quê, rapaz?
- Talvez Rosa sofresse
- Vá atrás!
- Na morte a gente esquece
- Mas no amor agente fica em paz
- Adeus
- Toma mais um
- Já amolei bastante
- De jeito algum!
- Muito obrigado, amigo
- Não tem de quê
- Por você ter me ouvido
- Amigo é prá essas coisas
- Tá...
- Tome um cabral
- Sua amizade basta
- Pode faltar
- O apreço não tem preço, eu vivo ao Deus dará