quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Frida Kahlo diz a Jacaré: na festa da primavera as flores no cabelo serão assim com flores de todos os matisses


E Adriana Calcanhoto veio cantar p'ro Jacaré a preparar a festa de 22 setembro  -  a primavera que virá.

Eu ando pelo mundo prestando atenção
Em cores que eu não sei o nome
Cores de Almodóvar
Cores de Frida Kahlo, cores




Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
(quem é ela, quem é ela?)
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle



 Tarsila mandou manacá do Cerrado para enfeitar a festa



e ganhou essa canção na voz de Isaurinha Garcia

Lá de trais daquele morro tem um pé de manacá
Nóis vão casá, e vão prá lá
se qué, se qué
Eu quero te leva, eu quero te agrada
Eu quero me casá e te levá prá lá
se vai, se vai
Eu panho toda fro do pé de manacá
E faço uma coroa para te enfeitá
se qué, se qué

Magritte  mandou dobrar uma árvore só para  trazer  a flor





Matisse,  que  por vezes esteve no Jacaré, enviou essas ...





Nosso Nelson  Sargento, sempre presente,  assim se chegou bem  chegado




Picasso também com flores

O já da casa Di Cavalcanti mais uma vez jacareando e com flores



Van Gogh com essas lindas flores se faz presente


Do Pará, Djanira mandou suas flores de barco como se fosse um Ita de Caymi


segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Elis Regina chegou em Marte muito, mas muito antes da Cusiosity

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A festa da Primavera do Jacaré será em 22 de setembro, voce sabia ?

Peparai pois as flores e roupas coloridas.

Mais notícias na próxiam edição.

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Quem não ouviu essa delícia antes da tal Curiosity

Alô, alô, marciano
Aqui quem fala é da Terra
Pra variar estamos em guerra
Você não imagina a loucura
O ser humano tá na maior fissura porque

Tá cada vez mais down o high society
Down, down, down
O high society



Alô, alô, marciano
A crise tá virando zona
Cada um por si todo mundo na lona
E lá se foi a mordomia
Tem muito rei aí pedindo alforria porque
Tá cada vez mais down o high society
Down, down, down
O high society

Alô, alô, marciano
A coisa tá ficando ruça
Muita patrulha, muita bagunça
O muro começou a pichar
Tem sempre um aiatolá pra atola Alá
Tá cada vez mais down o high society
Down, down, down
O high society

Daqui da Terra, os jornais em 2012 dizem que a nave Curiosity chegou à Marte e ainda fez seu, dela, auto retrato, olha só:


Já conheço os passos dessa estrada
Sei que não vai dar em nada
Seus segredos sei de cor
Já conheço as pedras do caminho,
E sei também que ali sozinho,
Eu vou ficar tanto pior
E o que é que eu posso contra o encanto,
Desse amor que eu nego tanto
Evito tanto e que, no entanto,
Volta sempre a enfeitiçar
Com seus mesmos tristes, velhos fatos,
Que num álbum de retratos








Eu teimo em colecionar
Lá vou eu de novo como um tolo,
Procurar o desconsolo,
Que cansei de conhecer
Novos dias tristes, noites claras,
Versos, cartas, minha cara
Ainda volto a lhe escrever
Pra lhe dizer que isso é pecado,
Eu trago o peito tão marcado
De lembranças do passado e você sabe a razão
Vou colecionar mais um soneto,
Outro retrato em branco e preto
A maltratar meu coração

Ric, Marcelinho, Rachel, Sergio Rosa, Lucilia saúdam Lya Luft, Di e Marx e pedem passagem que a festa da primavera vem aí


Tudo começou assim com Di Cavalcanti

Daí os jacarenses resolveram mexer no tempo, vejai:

O relógio de Ric Feitoza por Lya Luft

Com as perdas, só há um jeito:
perdê-las.
Com os ganhos,
o proveito é saborear cada um
como uma fruta boa da estação.
A  vida, como um pensamento,
corre à frente dos relógios. O ritmo das águas indica o roteiro
e me oferece um papel:
abrir o coração como uma vela
ao vento, ou pagar sempre a conta
já vencida.

tem-se que tirar o enfeiamento sobre essa obra da Cidade Maravilhosa

O relógio de Marcelinho, por Marcelinho

A dor eventual é o preço da vida:
passagem, seguro e pedágio
passagem estreita que beira gente
Seguro de vida ausente
pedaǵio que suga da gente,

Me lanço para a vida de qualquer forma
e me deixo cair num RIO de marolas.


O relógio de Rachel, por Lya Luft

A esperança me chama,
e eu salto a bordo
como se fosse a primeira viagem.
Se não conheço os mapas,
escolho o imprevisto:
qualquer sinal é um bom presságio.

Seja como for, eu vou,
pois quase sempre acredito:
ando de olhos fechados
feito criança brincando de cega.
Mais uma vez saio ferida
ou quase afogada,
mas não desisto.

A dor eventual é o preço da vida:
passagem, seguro e pedágio.




Reloj no marques las horas
Porque voy a enloquecer
Ella se irá para siempre
Cuando amanezca otra vez
Nomás nos queda esta noche
Para vivir nuestro amor
Y tu tic-tac me recuerda
Mi irremediable dolor
Reloj detén tu camino
Porque mi vida se apaga
Ella es la estrella
Que alumbra mi ser
Yo sin su amor no soy nada
Detén el tiempo en tus manos
Haz esta noche perpetua
Para que nunca se vaya de mí
Para que nunca amanezca





A síntese, por Lucília :

queremostodosquemarceloregistretodososregistrosvamosemfrente

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Amizade entre Jorge Amado, Caymi, Camafeu, Scott Mackenzie tudo tudo com flores na cabeça


A flor que enfeita a cabeça do ser que faz no Candomblé a cabeça é a mesma que em San Francisco plantou o Flower Power e Make Love Not War, assim falou Jacaré seguindo conselho do jacarense Luciano Macedo e tudo o mais que se pode cantar.

Trocando em miúdos, Luciano enviou para o Jacaré uma carta escrita por Caymi para Jorga Amado e que emociou a Nação jacarense com coisa assim:

"Quero te dizer uma coisa que já te disse uma vez, há mais de vinte anos quando te deu de viver na Europa e nunca mais voltavas: a Bahia está viva, ainda lá, cada dia mais bonita, o  firmamento azul, esse mar tão verde e o povaréu. Por falar nisso, Stela de Oxóssi é a nova iyalorixá do Axé e, na festa da consagração, ikedes e iaôs, todos na roça perguntavam onde anda Obá Arolu que não veio ver sua irmã subir ao trono de rainha?"



Essa fala cantada se diz assim :

"Adalgisa mandou dizer
que a bahia tá viva, ainda lá
que a bahia tá viva, ainda lá
que a bahia tá viva, ainda lá
Com a graça de Deus, ainda lá
...
E nada mudou, ainda lá
...
O meu candomblé, ainda lá
...
O meu afoxé, ainda lá
que a bahia tá viva, ainda lá
que a bahia tá viva, ainda lá
que a bahia tá viva, ainda lá


E Jacaré ao passar pela cidade da Bahia foi diretinho, como o Ricaho do Navio, comer umas lambretas no térreo e no andar de cima comer no restaurante Camafeu de Oxóssi no Mecado Modelo:





"Pois ontem, às quatro da tarde, um pouco mais ou menos, saí com Carybé e Camafeu a te procurar e não te encontrando, indagamos: que faz ele que não está aqui se aqui é seu lugar? A lua de Londres, já dizia um poeta lusitano que li numa antologia de meu tempo de menino, é merencória"


Nesse momento, Jacaré velho de guerra, como Tereza Batista, é que foi descobrir que Ary Baroso meteu uma mreancória na Aqaurela do Brasil"


Brasil!
Meu Brasil brasileiro
Meu mulato inzoneiro
Vou cantar-te nos meus versos
O Brasil, samba que dá
Bamboleio, que faz gingar
O Brasil, do meu amor
Terra de Nosso Senhor
Brasil! Pra mim! Pra mim, pra mim
Ah! abre a cortina do passado
Tira a mãe preta do cerrado
Bota o rei congo no congado
Brasil! Pra mim!
Deixa cantar de novo o trovador
A merencória luz da lua
Toda canção do meu amor



Caymi medeia assim sua carta escrita em parceria com Luciano:

"A daqui é aquela lua. Por que foi ele para a Inglaterra? Não é inglês, nem nada, que faz em Londres? Um bom filho-da-puta é o que ele é, nosso irmãozinho."

Pois é, Jacaré, puta velha, não sabia da merancória luz da lua.

E com a luz da Lua, Jacaré se despede hoje, fechando a edição cantando esse Hino com Scott Mackenzie



If you're going to San Francisco
Be sure to wear some flowers in your hair
If you're going to San Francisco
You're gonna meet some gentle people there
For those who come to San Francisco
Summertime will be a love-in there
In the streets of San Francisco
Gentle people with flowers in their hair



All across the nation such a strange vibration
People in motion
There's a whole generation with a new explanation
People in motion people in motion
For those who come to San Francisco
Be sure to wear some flowers in your hair
If you come to San Francisco
Summertime will be a love-in there
If you come to San Francisco
Summertime will be a love-in there

 Kombi do Rique Power

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Jacaré οἰκουμένη celebra Yemanjá e N S da Glória nesse 15 de agosto

Jacaré amanheceu ecumênico, não deixando de ser laico tampouco desprezando o Lácio donde vieram suas letras assim como as do Bloco escritas por Aldo, Serginho, Luciano, Marcelinho e outros muitos.



Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
...
Em que da voz materna ouvi: "meu filho!"
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!

Ora direis ouvir estrelas.. Tresloucado amigo
 
E esse Bilac aí de cima, Jacaré cantou :

- Ora direis ouvir estrelas, estrela só no bairro de Noel...



Depois de Bilac, veio Vinícius com Toquinho saudando Yemanjá:


Maria que não foi com as outras
Maria que não foi pro mar
No dia dois de fevereiro
Maria não bincou na festa de Iemanjá
Não foi jogar água de cheiro
Nem flores pra sua Orixá
A Iemanjá pegou e levou
O moço de Maria para o mar

 
Maria ficou triste mas Jacaré lembrou que quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ser nada não


Quem já passou por essa vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu
Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não
Nao há mal pior do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão
Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair
Pra que somar se a gente pode dividir
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer
Ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão



Dando prova de seu ecumenismo, Jacaré agora com Bach saúda Nossa Senhora da Glória, que vive linda no Outeiro do Rio de Janeiro na alegria dos homens com Baden Powell

sábado, 4 de agosto de 2012

Severino Araújo junta-se a Ed Lincoln e Paulo Moura num baile no céu


Um músico assim da gente ter de tirar o chapéu deixa-nos e Jacaré, nessa manhã de sábado, passa o documentário para Severino Araújo



E vamos nesse baile de formatura com a Orquestra Tabajara abrindo a festa com The shadow of your smile


Jacaré lembra que o jacarense Chico Rocha promoveu muitas festas com a orquestra Tabajara sob a batuta de Severino Araújo, e de uma das festas veio essa grata surpresa, abaixo:


Jacaré diz, com João Cabral:  Meu nome também é Severino

 O meu nome é Severino, não tenho outro de pia. Como há muitos Severinos, que é santo de romaria, deram então de me chamar Severino de Maria. Como há muitos Severinos com mães chamadas Maria, fiquei sendo o da Maria do finado Zacarias. Mais isso ainda diz pouco: há muitos na freguesia, por causa de um coronel que se chamou Zacarias e que foi o mais antigo senhor desta sesmaria. Como então dizer quem fala ora a Vossas Senhorias? Vejamos: é o Severino da Maria do Zacarias, lá da serra da Costela, limites da Paraíba. Mas isso ainda diz pouco: se ao menos mais cinco havia com nome de Severino filhos de tantas Marias mulheres de outros tantos, já finados, Zacarias, vivendo na mesma serra magra e ossuda em que eu vivia.



sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Jacaré, tocando Harpa com Paulo Vanzolini, conversa contra os chatos com Jung, Antonio Maria e Zeca Pagodinho


Estava Jacaré andando pelas nuvens e de lá ouviu esse delicioso Juízo Final

No último dia da vida
Encontrei-me com os meus pecados
Uns maiores, outros menores
Mas no geral bem pesados
Do outro lado somente
A ingratidão que sofri
O anjo pôs na balança
E vestido de branco eu subi.


 Michelangelo - Juizo Final
Agora só toco harpa
De camisola e sandália
Espio pra ver lá embaixo
A quadrilha da fornalha
Aquela ingrata hoje está
Trabalhando de salsicha
Espetadinha no garfo
Satanás fritando a bicha
Ô demônio: capricha!

Tentando passar de uma nuvem à outra, um chato mandou uma Hapia para atacar o Jacaré


Tendo aprendido nessa página, aonde estamos, Jacaré fez salscicha de harpia, a meteu no espeto e fez um churrasquinho melhor que de gato.

Di Cavalcanti


Esse churrasco aconteceu nas nuvens de Recife, terra de Antônio Maria que no dia que  morreu, ele dentro de um galo, falou com Vinícius que a morte não é coisa ruim não. A situação era até boa mas que estava preocupado que seu  lugar no céu fosse perto de chatos pois não poderia se livrar deles porque a eternidade é, como se diz, eterna mesmo e nunca mais se livraria dos chatos.

Fugindo dos chatos melhor é até o fracasso de Ninguém me ama

Ninguém me ama, ninguém me quer
Ninguém me chama de meu amor
A vida passa, e eu sem ninguém
E quem me abraça não me quer bem
Vim pela noite tão longa de fracasso em fracasso
E hoje descrente de tudo me resta o cansaço
Cansaço da vida, cansaço de mim
Velhice chegando e eu chegando ao fim



Jung escrevendo sobre a vida após a morte falou que tem gente que gostaria de ficar tocando harpa nas nuvens pela eternidade e outros, que por acharem isso chato, prefeririam não  morrer. Também ouvindo uma harpa paraguaya dessa é melhor não morrer para não ficar eternamente ouvindo isso



Mas não há mal que nunca se acabe nem bem que sempre perdure, Zeca Pagodinho, em entrevista também falou que medo da morte não tem mas que acha chato morrer e ficar na eternidade rodeado de chatos.

É só ouvir o Zeca pois Jacaré descobriu que ama demais

Ao final dessa edição chegou a notícia que as harpias jacarenses estariam em debandada com medo de serem tranformadas em salshichas.

Jacaré tranquiliza, isso é intriga da oposição, as jacarenses harpias não são e sequer tocarão harpa ad eternum




Se não tiver jetio, contra o chato use neocid