sexta-feira, 25 de outubro de 2013

No Bobó do Jacaré não se deve por a cabeça no prato para comer nem colocar comida no bolso, assim falou Leonardo da Vinci


Leonardo da Vinci, personagem que esteve no nosso Bloco com ilustração linda feita pelo jacarense Luciano, além de artista foi mestre de banquetes  e escreveu um catálogo de regras de comportamento à mesa, a saber :

Foto real de Leonardo da Vinci, à mesa sem dedo no nariz

Convidado algum se deve sentar em cima da mesa, nem de costas, nem ao colo de outro comensal.
Nem deve pôr as pernas em cima da mesa.

Não deve pôr a cabeça em cima do prato para comer.
Não deve tirar comida do prato do vizinho, sem primeiro lhe pedir autorização.
Não deve retirar comida da mesa, colocando-a na bolsa ou na bota para consumo ulterior.
Não deve emitir ruídos resfolegantes ou dar cotoveladas.
Não deve meter o dedo no nariz ou no ouvido.
Não deve cantar, nem fazer discursos, nem proferir impropérios, e ainda menos lançar adivinhas lascivas quando a seu lado se encontrar uma dama.
Não deve conspirar à mesa .
Não deve fazer propostas obscenas aos pajens nem retoiçar com os corpos deles.
E se sentir necessidade de vomitar, que abandone a mesa.
Tal como se tiver de urinar



A pedidos, Jacaré chama ao palco Aretha Franklin para não tocar essa canção, mas ela cantou

Aretha e Ray Charles, assim se faz um bobó

Nesse tema, Noel Rosa disse que ele é quem manda na área cantando assim:

Pra que mentir se tu ainda não tens
Esse dom de saber iludir?
Pra quê?! Pra que mentir
Se não há necessidade de me trair?
Pra que mentir, se tu ainda não tens
A malícia de toda mulher?
Pra que mentir
se eu sei que gostas de outro
Que te diz que não te quer?
Pra que mentir
Tanto assim
Se tu sabes que eu sei
Que tu não gostas de mim?!
Se tu sabes que eu te quero
Apesar de ser traído
Pelo teu ódio sincero
Ou por teu amor fingido?!

E assim o dia da festa do Bobó vai chegando com música e festa pois na Vila é sempre assim:



E azarentos cinzentos peguntaram assim:

- E se chover ?

Emilinha respondeu:

Tomara que chova, oi
Três dias sem parar
A minha grande mágoa
É lá em casa não ter água
E eu preciso me lavar


De promessa eu ando cheia
Quando conto a minha vida ninguém quer acreditar
Trabalho não me cansa
O que me cansa é pensar
Que lá em casa não tem água nem pra cozinhar




E se um probleminha aparecer ?

Jacaré pediu a Afonso Romano de Santana responder :

A Tabacaria e vários poemas de Fernando Pessoa
          têm versos demais e muitos precisariam ser reescritos.

Trechos dos Cantares de Ezra Pound são prosaicos
           e a rigor incompreensíveis.

Manuel Bandeira  e Neruda tem alguns poemas, que façam-me o favor!

Os Lusíadas, às vezes, cansam,
quase viram prosa rimada,
tal como ocorre com  partes da Eneida, da Ilíada e da Odisseia.



Alguns quadros  e desenhos de  Picasso
          nem parecem feitos por um mestre.

Stravinsky às vezes aglutina sons demais em sua pauta
Mahler, como Brahms, faz  música, às vezes inteligente demais
e um dia, pasme! ouvi algo de Mozart que não me comoveu.

Até Bach tem composições de pura habilidade.

Não é possível acertar o alvo o tempo todo
como sabe qualquer atirador.

Por que não queres aceitar
a imperfeição do meu amor?



Mas se chover de novo ?

Outra pergunta chegou e Jack Kerouac, com um gole de Jack Deniel´s,  respondeu em haicai pop:

Terça feira - mais uma chuva
          gota de chuva
Do meu telhado

Decifrem os vos devoro, assim falaram Jacaré  e Esfinge


Quem não chegou até aqui foi devorado.



Um comentário:

  1. Palca num bar no Jacaré:
    "Jacaré educado não cospe no chão.
    Não pede fiado
    nem diz palavrão".

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