sexta-feira, 29 de março de 2013

Jacaré dedica esse dia à Teresa de Castro Alves, à Thérèse Raquin..


à minha Teresa e... cadê Teresa ?

Cadê Tereza?
Onde anda
A minha Tereza?..

Tereza minha nêga, minha musa
Eu gosto muito de você
Sou um malandro
Enciumado, machucado
Que espera por você...


Manhã, tão bonita manhã
Na vida, uma nova canção
Cantando só teus olhos
Teu riso, tuas mãos
Pois há de haver um dia
Em que virás
Ao adeus de Teresa paquerada pelo jacarense João Guerreiro:


A vez primeira que eu fitei Teresa,
Como as plantas que arrasta a correnteza,
A valsa nos levou nos giros seus
E amamos juntos E depois na sala
"Adeus" eu disse-lhe a tremer co'a fala

E ela, corando, murmurou-me: "adeus."

Uma noite entreabriu-se um reposteiro. . .
E da alcova saía um cavaleiro
Inda beijando uma mulher sem véus
Era eu Era a pálida Teresa!
"Adeus" lhe disse conservando-a presa

E ela entre beijos murmurou-me: "adeus!"


 


Passaram tempos sec'los de delírio
Prazeres divinais gozos do Empíreo
... Mas um dia volvi aos lares meus.
Partindo eu disse - "Voltarei! descansa!. . . "
Ela, chorando mais que uma criança,

Ela em soluços murmurou-me: "adeus!"

Quando voltei era o palácio em festa!
E a voz d'Ela e de um homem lá na orquesta
Preenchiam de amor o azul dos céus.
Entrei! Ela me olhou branca surpresa!
Foi a última vez que eu vi Teresa!

E ela arquejando murmurou-me: "adeus!"



Como diz Leila Diniz
O homem tem que ser durão
Se ela não chegar agora
Não precisa chegar

à Tereza da Praia, que não é de Tom Jobim posto que é da praia

Dick
Arranjei novo amor
No Leblon
Que corpo bonito
Que pele morena
Que amor de pequena
Amar é tão bom

O Lúcio
Ela tem
Um nariz levantado
Os olhos verdinhos
Bastante puxados
..

Se ela é tua
É minha também
...
Então vamos
A Tereza
Na praia deixar
...
Tereza
É da praia
Não é de ninguém




à Thérèse Raquin de Emille Zola

"Estabeleceu-se há alguns anos uma escola monstruosa de romancistas, que pretende substituir a eloqüência da carnagem pela eloqüência da carne, que apela para as curiosidades mais cirúrgicas, que reúne pestíferos para nos fazer admirar as veias saltadas, que se inspira diretamente do cólera, seu mestre, e que faz sair pus da consciência. (…) Thérèse Raquin é o resíduo de todos esses horrores publicados precedentemente. Nele, escorrem todo o sangue e todas as infâmias… (Ferragus)" ,

assim não falou Jacaré

Entretanto, o escândalo provocado por Thérèse Raquin entre os críticos trouxe um resultado inesperado: serviu de propaganda aos ideais naturalistas do romance,

assim falaram Wikpedia e Jacaré



e dando os trâmites por findos, Jacaré continua a cobrar, da Coordenação do Bloco, a festa do dia do trabalhador e homenageia o Teatro Brasileiro com Tereza Rachel




e pós por findos Jacaré sai  sambando com a Vila Isabel - 1975 com Quatro Séculos de Paixão-História do Teatro Brasileiro


Quero o perfume das flores
Ação, luz e cores
Nesta festa popular
Eu sou o teatro brasileiro
Da vida o espelho verdadeiro
Sambando neste Carnaval
Com a minha arte que é imortal (bis)
Barreiras as venço com bravura
Transmitindo a toda gente
Distração e cultura
Sou a magia permanente
Que na história do Brasil
Sempre se fez presente
Tenho beleza, sou a esperança
Trago alegria (bis)
Neste dia de folia

2 comentários:

  1. Moro num país tropical, sou Flamengo e tenho uma nega chamada Tereza ...

    pois estou feliz muito feliz comigo mesmo

    sergio rosa

    http://www.youtube.com/watch?v=vlSjyzXd-Ck

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  2. Lembro-me e recito a Teresa de Álvares de Azevedo

    Teresa- Álvares de Azevedo

    Je lsayme tant que je nsose lsaymer.
    Clément Marot

    Quando junto de mim Teresa dorme,
    Escuto o seio dela docemente:
    Exalam-se dali notas aéreas,
    Não sei quê de amoroso e de inocente!

    Coração virginal é um alaúde
    Que dorme no silêncio e no retiro…
    Basta o roçar das mãos do terno amante,
    Para exalar suavíssimo suspiro!

    Nas almas em botão, nesse crepúsculo
    Que da infante e da flor abre a corola,
    Murmuram leve os trêmulos sentidos,
    Como ao sopro do vento uma viola.

    Diz amor! essa voz da lira interna,
    É suspiro de flor que o vento aagita,
    Vagos desejos, ânsia de ternura,
    Uma brisa de aurora que palpita.
    Como dorme inocente esta criança!

    Qual flor que abriu de noite o níveo seio,
    E se entrega da aragem aos amores,
    Nos meus braços dormita sem receio.
    O que eu adoro em ti é no teu rosto
    O angélico perfume da pureza;

    São teus quinze anos numa fronte santa
    O que eu adoro em ti, minha Teresa!
    São os louros anéis de teus cabelos,
    O esmero da cintura pequenina,

    Da face a rosa viva, e de teus olhos
    A safira que a alma te ilumina!
    É tua forma aérea e duvidosa
    - Pudor d’infante e virginal enleio;

    Corpo suave que nas roupas brancas
    Revela apenas que desponta o seio.
    Eu seii, mimosa, que tu és um anjo
    E vives de sonhar, como as Ondinas,

    E és triste como a rola, e quando dormes
    Do peito exalas músicas divina!
    Ah! perdoa este beijo! eu te amo tanto!
    Eu vivo de tua alma na fragrância…
    Deixa abrir-te num beijo as flores d’alma,

    Deixa-me respirar na tua infância!
    Não acordes tão cedo! enquanto dormes
    Eu posso dar-te beijos em segredo…
    Mas, quando nos teus olhos raia a vida,

    Não ouso te fitar… eu tenho medo!
    Enquanto dormes, eu te sonho amante,
    Irmã de serafins, doce donzela;
    Sou teu noivo… respiro em teus cabelos

    E teu seio venturas me revela…
    Deliro… junto a mim eu creio ouvir-te
    O seio a suspirar, teu ai mais brando,
    Pouso os lábios nos teus; no teu alento

    Volta minha pureza suspirando!
    Teu amor como o sol apura e nutre;
    Exala fresquidão e doce brisa;
    É uma gota do céu que aroma os lábios

    E o peito regenera e suaviza.
    Quanta inocência dorme ali com ela!
    Anjo desta criança, me perdoa!
    Estende em minha amante as asas brancas,
    A infância no meu beijo abandonou-a!

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