No plesbicito do Jacaré não venceu o sistema de Babilônia nem o garção de costeleta do Osvaldei, venceu o garção do amigo Lucas, do Largo do Machado mas não largo do copo, 68 anos depois.
Assim faz-se a anunciação :
Sábado : 3 de maio de 19 às 22
Jacaré Trabalhador
Faz 14 anos que o Bloco "Eu sou eu, jacaré é bicho d'água " comemora
o dia do trabalhador de todo o mundo (uni-vos!).
Luciano Macedo, Décio, Wando, Wladmir e Dizzy estarão tocando a roda.
Local: Esquina das ruas Visconde de Abaeté com Torres Homem - Vila Isabel, naturalmente.
Esperamos por você!
P'ra preparar a festa, o jacaresne João Guerreiro foi ter umas conversas com Guimarães Rosa lá pelas Minas Gerais, leu Desenredo, tomou cerveja, e Guimarães narrou, e cantou também dessa forma:
Por toda terra que passo
Me espanta tudo o que vejo
A morte tece seu fio
De vida feita ao avesso
Me espanta tudo o que vejo
A morte tece seu fio
De vida feita ao avesso
Ê, Minas
Ê, Minas
É hora de partir
Eu vou
Vou-me embora pra bem longe
Ê, Minas
É hora de partir
Eu vou
Vou-me embora pra bem longe
O olhar mais fraco anda afoito
O olhar mais forte, indefeso
Mas quando eu chego
Eu me enrosco
Nas cordas do teu cabelo
Mas quando eu chego
Eu me enrosco
Nas cordas do teu cabelo
Sobre uma escada um dia eu vi
Um homem que não estava ali
Hoje não estava à mesma hora
Tomara que ele vá embora
Gente !
No Vilarino ouviu-se :
- Falou-se desse monte de coisa acima e nada de Vinícius ?
Assim falou Jacaré que de pronto lembrou o poetinha:
Poeta, poetinha vagabundo
Virado, viramundo,
Vira e mexe, paga e vê
Que a vida não gosta de esperar
A vida é pra valer
A vida é pra levar
Vinícius, velho, saravá
A vida é pra valer
A vida é pra levar
Vinícius, velho, saravá
Virado, viramundo,
Vira e mexe, paga e vê
Que a vida não gosta de esperar
A vida é pra valer
A vida é pra levar
Vinícius, velho, saravá
A vida é pra valer
A vida é pra levar
Vinícius, velho, saravá
A convocação da festa de 3 de maio rolou geral e foi parar na americano Nem Muda nem sai de cima sob o comando do jacarense Berg, deu no Globo.
Jacaré tem lado e é o lado do trabalhador, nas letras de Maiakovski:
A todos
Que saíram às ruas
De corpo-máquina cansado,
A todos
Que imploram feriado
Às costas que a terra extenua –
Primeiro de Maio!
Meu mundo, em primaveras,
Derrete a neve com sol gaio.
Sou operário –
Este é o meu maio!
Sou camponês - Este é o meu mês.
Sou ferro –
Eis o maio que eu quero!
Sou terra –
O maio é minha era!