sexta-feira, 2 de maio de 2014

Festa do Jacaré Trabalhador. 3 de maio, com Osvaldei, Guimarães Rosa, Vinicius, Luciano, Wladmir Ilytich, Maiakoviski e Dostoieviski


No plesbicito do Jacaré não venceu o sistema de Babilônia nem o garção de costeleta do Osvaldei, venceu o garção do amigo Lucas, do Largo do Machado mas não largo do copo, 68 anos depois.

Assim faz-se a anunciação :

Sábado : 3 de maio de 19 às 22




Jacaré  Trabalhador 
 
 o dia do trabalhador de todo o mundo (uni-vos!).

Luciano Macedo, Décio, Wando, Wladmir e Dizzy estarão tocando a roda.

Local: Esquina das ruas Visconde de Abaeté com Torres Homem - Vila Isabel, naturalmente.

Esperamos por você!




P'ra preparar a festa, o jacaresne João Guerreiro foi ter umas conversas com Guimarães Rosa lá pelas Minas Gerais, leu Desenredo, tomou cerveja, e Guimarães narrou, e cantou também dessa forma:

Por toda terra que passo
Me espanta tudo o que vejo
A morte tece seu fio
De vida feita ao avesso

Ê, Minas
Ê, Minas
É hora de partir
Eu vou
Vou-me embora pra bem longe

O olhar mais fraco anda afoito
O olhar mais forte, indefeso
Mas quando eu chego
Eu me enrosco
Nas cordas do teu cabelo


Sobre uma escada um dia eu vi
Um homem que não estava ali
Hoje não estava à mesma hora
Tomara que ele vá embora

Gente !

No Vilarino ouviu-se :

- Falou-se  desse monte de coisa acima e nada de Vinícius ? 

Assim falou Jacaré que de pronto lembrou o poetinha:


Poeta, poetinha vagabundo
Virado, viramundo,
Vira e mexe, paga e vê
Que a vida não gosta de esperar
A vida é pra valer
A vida é pra levar
Vinícius, velho, saravá
A vida é pra valer
A vida é pra levar
Vinícius, velho, saravá


A convocação da festa de 3 de maio rolou geral e foi parar na americano Nem Muda nem sai de cima sob o comando do jacarense Berg, deu no Globo.

Jacaré tem lado e é o lado do trabalhador,  nas letras de Maiakovski:

A todos
Que saíram às ruas
De corpo-máquina cansado,
A todos
Que imploram feriado
Às costas que a terra extenua –
Primeiro de Maio!
Meu mundo, em primaveras,
Derrete a neve com sol gaio.
Sou operário –
Este é o meu maio!
Sou camponês - Este é o meu mês.
Sou ferro –
Eis o maio que eu quero!
Sou terra –
O maio é minha era!

2 comentários:

  1. Li Desenredo e me veio Desencontro que vou cantando:

    A sua lembrança me dói tanto
    Eu canto pra ver
    Se espanto esse mal

    Não sei se você ainda é a mesma
    Ou se cortou os cabelos
    Rasgou o que é meu
    Se ainda tem saudades
    E sofre como eu
    Ou tudo já passou
    Já tem um novo amor
    Já me esqueceu

    http://letras.mus.br/chico-buarque/85955/

    Sergio Rosa

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  2. O escaravelho de Oswald me levou ao escaravelho de Edgar Allan Poe e à cerveja:

    Cheio de espuma e âmbar misturados
    Esvaziarei este copo novamente
    Visões as mais hilariantes embarafustam
    Pela alcova de meu cérebro
    Pensamentos os mais curiosos fantasias as mais extravagantes
    Ganham vida e se dissipam;
    O que me importa o passar das horas?
    Hoje estou tomando cerveja.

    Adamastor das Tormentas


    Fonte: http://www.luso-poemas.net/modules/news03/article.php?storyid=244#ixzz30a85zOou

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