sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Dama das Camélias, Lauro Borges, Castro Barbosa com a PRK 30 na Festa de Noel


O aniversário de Noel Rosa, o poeta da Vila, será comemorado pelo Jacaré no sábado, 15 de dezembro.

às 17 horas será realizada a lavagem da estátua de Noel, Vinte e Oito com São Chico Xavier

às 18 horas sairá a caminhada da estátua até Abaeté com Torres Homem

às 19 horas teremos a roda de Samba-Choro e com anúncio do enredo do Jacaré para 2013 - Rubem Confete

 
Errata: a jacarense Sheila Carvalho informa que a música Confete é a que se segue e que a editoria do Jacaré misturou confete com Dama das Camélias, vamos à correção:

Confete

Confete
Pedacinho colorido de saudade
Ai, ai, ai, ai,
Ao te ver na fantasia que usei

Confete
Confesso que chorei
Chorei porque lembrei
Do carnaval que passou
Daquela Colombina que comigo brincou

Ai, ai, confete
Saudade do amor que se acabou!

Dama das camélias é essa :

 
A sorrir você me apareceu
E as flores que você me deu
Guardei no cofre da recordação
Porém, depois você partiu
Pra muito longe
Me deixou
E a saudade que ficou
Ficou pra magoar meu coração
A minha vida se resume
Ó, Dama das Camélias
Em duas flores sem perfume
Ó, Dama das Camélias




Ficamos por aqui e prometemos voltar ao ar amanhã em ondas médias, ondas curtas e " ondas estás que não vês"  nessa desejosa de ser PRK 30 e traremos contribuições musicais de Rachel e João Guerreiro

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Um som de Dave Brubeck para nosso jacarense Oscar Niemeyer


Take five com um axé do Jacaré e todos nós de luto e saudade 

 

Sexta - 20 de fevereiro - Carnaval do Jacaré 2009

Noel, Niemeyer e Martinho - Arquitetura do Samba

Venham dançar e cantar :

"Mestre do traço... Niemeyer
Fez um projeto de quadra pra nossa Vila
Mas a escola de samba não deu valor
Perdeu a Cidade... Perdeu Vila Isabel, celeiro dos bambas"


Abaixo, fotos do encontro:
Niemeyer com Sônia Cunha, Sônia Becker, Maíra, Marcelinho e Luciano
Foto do Berg

Até lá

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Rubem Confete, Clementina, Nelson Rodrigues, Aldir Blanc... à festa sem três com goma


     O amigo do Jacaré, Marco Porto, ao confirmar sua presença na festa de Noel em 15 de dezembro, ajudando a responder a milhares de perguntas que aqui chegaram, vem esclarecer:

Três com goma:

"A expressão tem origem nos antigos "malandros" cariocas, que vestiam ternos de linho e camisas brancas "engomados" e, ao lavá-los, solicitavam às lavadeiras que o fizessem com tripla lavagem e passagem, com goma.
Aos malandros impecavelmente vestidos - e meio "metidos a besta" - passaram a chamar de três com goma.

Olha lá aquele cara... um tremendo três com goma!"

 Nelson Rodrigues

 Como Aldir Blanc  foi quem trouxe volta o três com goma para a fala carioca, Jacaré homenageia o autor na voz de Clementina de Jesus:

Dotô
Jogava o Flamengo, eu queria escutar
Chegou
Mudou de estação, começou a cantar
Tem mais
Um cisco no olho, ela em vez de assoprar
Sem dó
Falou que por ela eu podia cegar
Se eu dou
Um pulo, um pulinho, um instantinho no bar
Bastou
Durante dez noites me faz jejuar
Levou


 Rubem Confete

Tudo isso porque o aniversário de Noel Rosa, o poeta da Vila, será comemorado pelo Jacaré no sábado, 15 de dezembro.

às 17 horas será realizada a lavagem da estátua de Noel, Vinte e Oito com São Chico Xavier

às 18 horas sairá a caminhada da estátua até Abaeté com Torres Homem

às 19 horas teremos a roda de Samba-Choro e com anúncio do enredo do Jacaré para 2013  - Rubem Confete



E vamos com Confete cantando


Confete
Pedacinho colorido de saudade
Ai, ai, ai, ai,
Ao te ver na fantasia que usei
Confete
Confesso que chorei
Chorei porque lembrei
Do carnaval que passou
Daquela Colombina que comigo brincou
Ai, ai, confete
Saudade do amor que se acabou

A sorrir você me apareceu
E as flores que você me deu
Guardei no cofre da recordação
Porém depois você partiu
Prá muito longe e não voltou
E a saudade que ficou
Não quis abandonar meu coração
A minha vida se resume
Oh! Dama das Camélias
Em duas flores sem perfume
Oh! Dama das Camélias.

Até amanhã, assim falou Jacaré

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Nosso Bloco não é três com goma, assim falou Jacaré


e não é mesmo três com goma, assim como não é a Vila - uma cidade independente que tira samba mas não quer tirar patente.


Três com goma também não será a festa do aniversário de Noel, pois ela assim será em 15 de dezembro, sábado :

às 17 horas será realizada a lavagem da estátua de Noel, Vinte e Oito com São Chico Xavier

às 18 horas sairá a caminhada da estátua até Abaeté com Torres Homem


às 19 horas teremos a roda de Samba-Choro e com anúncio do enredo do Jacaré para 2013




Venham, pois não perdereis a viagem, ó ilustres foliões, como a que aconteceu na Lapa 

Eu fui fazer um samba em homenagem
à nata da malandragem, que conheço de outros carnavais.
Eu fui à Lapa e perdi a viagem,
que aquela tal malandragem não existe mais.
 



Tem mais, Noel Rosa adverte ao Malandro Medroso

Eu devo, não quero negar, mas te pagarei quando puder
Se o jogo permitir, se a polícia consentir e se Deus quiser...
Não pensa que eu fui ingrato, nem que fiz triste papel,
Hoje vi que o medo é o fato e eu não quero um pugilato
Com seu velho coronel.

A consciência agora me doeu
E eu evito (detesto a) concorrência, quem gosta de mim sou eu!
Neste momento, saudoso eu me retiro,
Pois teu velho é ciumento e pode me dar um tiro.

Se um dia ficares no mundo, sem ter nesta vida mais ninguém,
Hei de te dar meu carinho,
Onde um tem seu cantinho, dois vivem também...
Tu podes guardar o que eu te digo contando com a gratidão
E com o braço habilidoso de um malandro que é medroso,
Mas que tem bom coração.

 Coração ardente atendido

Como diz o dito popular: de bom coração o inferno está cheio

Pois é, Jacaré anuncia: a festa será de infernizar corações procurantes  e que serão atendidos.
 

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Noel - 102 anos de Vila e Poesia - 15 de dezembro, e Carlos Drummond virá


O aniversário de Noel Rosa, o poeta da Vila, será comemorado pelo Jacaré no sábado, 15 de dezembro.

às 17 horas será realizada a lavagem da estátua de Noel, Vinte e Oito com São Chico Xavier

às 18 horas sairá a caminhada da estátua até Abaeté com Torres Homem

às 19 horas teremos a roda de Samba-Choro e com anúncio do enredo do Jacaré para 2013



O jacarense João Guerreiro manda para o Jacaré a abertura das comemorações com  a Voz do Morro, de Zé Keti:

Eu sou o samba
A voz do morro sou eu mesmo sim senhor
Quero mostrar ao mundo que tenho valor
Eu sou o rei do terreiro
Eu sou o samba
Sou natural daqui do Rio de Janeiro
Sou eu quem levo a alegria
Para milhões de corações brasileiros
Salve o samba, queremos samba
Quem está pedindo é a voz do povo de um país
Salve o samba, queremos samba
Essa melodia de um Brasil feliz



O jacarense Sergio Rosa recebeu de Drummond, via pombo correio, a notícia de sua vinda à festa

Os garotos da Rua Noel Rosa
onde um talo de samba viça no calçamento,
viram o pombo-correio cansado
confuso
aproximar-se em vôo baixo.

Tão baixo voava: mais raso
que os sonhos municipais de cada um.
Seria o Exército em manobras
ou simplesmente
trazia recados de ai! amor
à namorada do tenente em Aldeia Campista?

E voando e baixando entrançou-se
entre folhas e galhos de fícus:
era um papagaio de papel,
estrelinha presa, suspiro
metade ainda no peito, outra metade
no ar.



Antes que o ferissem,
pois o carinho dos pequenos ainda é mais desastrado
que o dos homens...

Era um pombo assustado
perdido
e há perguntas na Rua Noel Rosa 
e em toda parte sem resposta
...

Pombo correio
Voa depressa
E esta carta leva
Para o meu amor
Leva no bico
Que eu aqui
Fico esperando
Pela resposta
Que é pra saber
Se ela ainda
Gosta de mim
 ...



Desse momento em diante, do alto sua árvore prenhe de maritacas, Jacaré dá início ao resgate do romantismo e paz dos pombos

já foram símbolos das coisas boas

hoje são tratados como problema urbano,

como resolver ?

Jacaré abre consulta pública com Mary Poppins : Feed the birds - é p'ra ouvir

sábado, 6 de outubro de 2012

Jacaré vota hoje nas eleições municipais no contraditório a Platão



Platão (428-328 a.C.)

Platão não acreditava na democracia. Para ele a política, a boa condução dos homens em sociedade era uma arte que somente bem poucos dominavam - os mais sábios.

Pois saiba seu Platão, até que você tinha razão, pois sábio é o povo, assim falaram Jacaré  e Glauber Rocha 

e cantou Sergio Ricardo

- Se entrega, Corisco!
- Eu não me entrego, não!
Eu não sou passarinho
Pra viver lá na prisão
- Se entrega, Corisco!
- Eu não me entrego, não!
Não me entrego ao tenente
Não me entrego ao capitão
Eu me entrego só na morte
De parabelo na mão
- Se entrega, Corisco!
- Eu não me entrego, não!
(Mais forte são os poderes do povo!)

Democracia para não ver nosso povo torturado por uma diatdura  militar como nessa foto da passeta dos 100 mil em 1968.



De lá pr´á cá o tempo da página infeliz se foi e aqui estão as novas gerações, assim falou Chico Buarque

Vai passar nessa avenida um samba popular
Cada paralelepípedo da velha cidade essa noite vai se arrepiar
Ao lembrar que aqui passaram sambas imortais
Que aqui sangraram pelos nossos pés
Que aqui sambaram nossos ancestrais
Num tempo página infeliz da nossa história,
passagem desbotada na memória
Das nossas novas gerações
Dormia a nossa pátria mãe tão distraída
sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações

Seus filhos erravam cegos pelo continente,
levavam pedras feito penitentes
Erguendo estranhas catedrais

Eu sou eu, jacaré é bicho d'água - niver de Noel 2010

E um dia, afinal, tinham o direito a uma alegria fugaz
Uma ofegante epidemia que se chamava carnaval,
o carnaval, o carnaval
Vai passar, palmas pra ala dos barões famintos
O bloco dos napoleões retintos
e os pigmeus do boulevard
Meu Deus, vem olhar, vem ver de perto uma cidade a cantar
A evolução da liberdade até o dia clarear
Ai que vida boa, ô lerê,
ai que vida boa, ô lará
O estandarte do sanatório geral vai passar
Ai que vida boa, ô lerê,
ai que vida boa, ô lará
O estandarte do sanatório geral... vai passar



 E a Imperatriz, contestadora à época, veio em 1972 com esse sanba épico, batucado na mesa do bar por Zé Catimba e Martinho da Vila

Vem cá, Brasil
Deixa eu ler a sua mão, menino
Que grande destino
Reservaram pra você
Lá lá lá lá lauê
Fala Martim Cererê (bis)
Tudo era dia
O índio deu a terra grande
O negro trouxe a noite na cor
O branco a galhardia
E todos traziam amor
Tinham encontro marcado
Pra fazer uma nação
E o Brasil cresceu tanto
Que virou interjeição
Lá lá lá lá lauê
Fala Martim Cererê (bis)


 
e assim se vai Jacaré para as urnas na peroba e com Matita Pereira 

É peroba do campo, é o nó da madeira
Caingá, candeia, é o Matita Pereira
É madeira de vento, tombo da ribanceira
É o mistério profundo, é o queira ou não queira


e nos canteiros com Matita Perê

No jardim das rosas
De sonho e medo
Pelos canteiros de espinhos e flores
Lá, quero ver você
Olerê, Olará, você me pegar 

Vou votar é com vontade e garra, assim falou Jacaré e, no fim do dia, aquelas cervejinhas de Vila Isabel libertárias.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Jacaré no Cosme e Damião retroativo



Crianças na rua


Ai, saudade de correr atrás de doce, em PADRE MIGUEL, com muito fôlego. Esperávamos
pelo 27 de setembro, ansiosamente. Cada irmão tinha uma bacia, grandona, prá despejar os
doces.
Marcelinho, será que a gente já disputou um saquinho de doce? acho que não, era tanta
fartura, só não pegava, como diz o Rosa, quem era mulher do padre.
Agora tento correr atrás do dindin....muito sem graça essa brincadeira.
De um desconhecido, sem tristeza, só saudade mesmo, do tempo, pessoas, e tais.

Colham botões de rosas enquanto podem,
O velho Tempo continua voando:
E essa mesma flor que hoje lhes sorri,
Amanhã estará expirando.

Melhor idade não há que a primeira,
Quando a juventude e o sangue pulsam quentes;
Mas quando passa, piores são os tempos
Que se sucedem e se arrastam inclementes.

Por isso, sem recato, usem o tempo,
E enquanto podem, vivam a festejar,
Pois depois de haver perdido os áureos anos,
Terão o tempo inteiro para repousar.


  Sheila 
 
 
 
Padre Miguel 
 
 li sua mensagem, desci um  pouco aqui do trabalho, comprei uns doces de
banquinha e distribuí

                 bela lembrança sua de correr atrás de doce - eu no Engenho de Dentro:
cocada, cocô de rato, maria mole, doce de leite, balas, doce de
ábobora, de batata...

                  e tinha aquelas festas em algumas casas com mesa posta de doces

                  ai , que saudade boa de trazer dentro da gente a criança que fomos e
somos um pouco

                   um beijo doce para a nação jacarense

                    sergio rosa 
 
 
 Engenho de Dentro
 
Só vi agora meus e-mail e os relatos da Sheila e do Sergio.
Essa vida de suburbano, pelo menos na primeira infância, nos fazem mais felizes do que
pinto no lixo...
Em Londrina (PR), não tinha essa história de doce. Entretanto, quando vim para Vila
Isabel a coisa mudou.
Minha mãe deixava eu faltar aula no dia Cosme e Damião (e do Doum) e no do meu
aniversário. Aí era só correr atrás: doce de abóbora no formato de coração, nunca
gostei, mas em casa era um sucesso. Mas, bom mesmo naquela época era conseguir os
famosos "cartões" dos  Centros Espíritas (para nós de macumba mesmo)!
Aí a festa era arregada. Em uma, quando morava ainda em Jacarepaguá, um dos erês veio
com um prato de pudim e esfregou na minha cara. Inesquecível: nunca mais na minha vida
comi pudim....
Ontem ainda consegui de manhã cedinho procurar doce com o Pedro...E são eles - Pedro e
Miguel - que me mantem neste universo infantil, sempre!
Beijos

João Guerreiro
 
 
 Pegador de cabulador de aula
 
 
Pegar doce , é recolher memória.
Ao recordar a infância,
Me coloco ausente , esteira do tempo,
Olhar pro céu , enxergar as nuvens em formatos variados,
e eu que sempre achei, que um dia a nuvem me levaria,
para ... VIDA!


MARCELINHO 
 
 
 
 Nuvem
 
 
 
Vovô me mande um balão,

Cheio de anjinhos lá do Céu!

Vovô me mande um balão,

Cheio de anjinhos lá do Céu!

Tem doce mamãe, tem doce mamãe,

Tem doce lá no jardim!

Tem doce mamãe, tem doce mamãe,

Tem doce lá no jardim!

Que Cosme e Damião nos proteja da vida adulta e de suas mazelas!

Beijos infantis para todos

Rachel 
 
 
 
 
Vovó Balão 
 
Hoje é dia dos doces
meninos e meninas
correm pelas ruas
e apertadas vielas

Na alegria expressa
em sorrisos pelas prendas
balas, pirulitos, cocadas
que este dia presenteia

Não importa a crença
que doces e brinquedos simbolizam
nesta cultuada oferta
os saquinhos com imagens tocam

Os pequenos corações
das crianças de todas as classes
pés descalços ou com tênis modernos
fragilizados ou bem cuidados

João e Maria, Margarida e Djalma
as comemorações atingem a alma
dessas doces criaturas
dedos nas bocas e mãos às cinturas

Cada qual buscando o melhor quinhão
A bola de couro pra bater um bolão
E pras meninas uma boneca
E que delícia de pipoca

O dia 27 de setembro
foi sempre um marco
de um re-encontro pueril e doce
com os olhos da criança presente

Em cada um de nós
para quem recorda
Cosme e Damião como médicos
devotados aos cuidados e à cura.
Que saudade! Eu que sou Gêmeo, ganhava muitos doces e brinquedos, os meus saquinhos
vinham sempre com dinheiro.
 
 
 
 
Gêmeos