sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Tragam flores na roupa ou na imaginação para a festa amanhã - sábado


Agenda do Samba Choro, a melhor agenda do mundo, anuncia: Eu Sou Eu, Jacaré é Bicho d´Água saúda a primavera na Vila, por Eugênia Rodrigues


O bloco Eu sou Eu, Jacaré é Bicho d'Água convida a todos para celebrar a primavera. A roda de samba e choro contará com Abel do Cavaco e uma homenagem ao bloco Larga a Onça, Alfredo! O encontro acontece dia 17 de setembro, sábado, a partir das 19 horas, na esquina da rua Visconde de Abaeté com Torres Homem, em Vila Isabel. "Venham com flores, seja na roupa ou na imaginação", pede o inspirado Sergio Rosa, um dos organizadores.




Festa da primavera
17 de setembro - sábado de 19 às 23 horas
Grupo de samba choro sob o comando de Abel do Cavaco
Homenagem ao Bloco Larga a Onça, Alfredo!



A primavera no Jacaré é anunciada pelos cinco motivos da rosa de Cecília Meireles e deles o terceiro nos chegou e povoou a página

Se Omar chegasse
esta manhã,
como veria a tua face

Omar Khayyam,
tu, que és de vinho
e de romã,
e, por orvalho e por espinho,
aço de espada e Aldebarã?

Se Omar te visse
esta manhã,
talvez sorvesse com meiguice
teu cheiro de mel e maçã.
Talvez em suas mãos morenas
te tomasse, e disesse apenas:
"É curta a vida, minha irmã".

Mas por onde anda a sombra antiga
do âmago astrônomo do Irã?

Por isso, deixo esta cantiga
- tempo de mim, asa de abelha -
na tua carne eterna e vã,
rosa vermelha!

Para que vivas, porque és linda,
e contigo respire ainda
Omar Khayyam.


E preparando o amanhã de primavera jacarense, Nelson Sargento traz a melodia

Ó primavera adorada
Inspiradora de amores
Ó primavera idolatrada
Sublime estação da flores

Os chatos, e até no Jacaré eles vêm. dirão:
-Sempre Nelson sargento, não muda

Não, não muda pois é muito bom demais, assim falou Jacaré.

Ao fechar essa edição, Jacaré recebeu essa da jacarense Rachel




O Dia Em Que o Sol Declarou o Seu Amor Pela Terra

Jorge Ben Jor

Terra terra terra terra amor
Eu sou o sol
Sou eu que brilho
Pra você meu amor
Eu sou o sol
Eu sou o astro rei
A maravilha cósmica
Que Deus fez
Por isso eu lhe dou
De presente
Todo o meu calor
Com muito amor
E lhe dizer
Que eu sou o sol
Sou eu que brilho
Pra você meu amor
Não fique zangada quando eu esquento a lua
Nos dias que ela fica minguada
Pois ela dizendo que sente ciúmes de voce
Não quer se enfeitar nem aparecer
Mas quando eu dou meu calor pra ela
Ela fica nova cheia de vida e toda prosa
Começa a brilhar e a aparecer e dizer:
Que eu sou, eu sou o sol
Eu sou o sol
Sou eu que brilho
Pra você meu amor

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Sábado, depois de amanhã, a festa da primavera com Sherazade, púcaro, Suassuna, rosa e rima pobre das melhores

A jacarense Leila falou de uma rosa terápica que mora na Avenida Maracanã e que é relaxante vista do ônibus na volta do trabalho. Um jacarense nos enviou a foto abaixo para Leila validar:



Nosso jacarense Berg deixou essa foto com rima no seu facebook
Rima pobre:
Chuva e frio, nem parece o Rio.




O jacarense Sergio Rosa, ao ler o Púcaro Búlgaro, pediu, se ainda houver tempo na travessia, que avise ao Adamastor sobre as recomendações de viagem lá contidas para levar a bordo:

Um quadrante, um sextante e um oitante
um saxfone
uma imagem de São Prepúcio
2.000 quilos de lastro (livros da academia, dicionários, gramáticas... Suma Teológica de São Tomás de Aquino...)
um retrato do Papa autografado
um penico
um caixão de defunto (vazio)
200 garrafas de uísque, 400 de gim, 200 de vermute, 200 de vodca, 1000 de cachaça e 1 guaraná
um mesolábio e um galactômetro
duas caixas de serpentina
um saca-rolhas
...
uma cabra bem fornida (com pouco uso)




Shéhérazade, que não foi jacarense por falta de tempo e oportunidade, vem aos autos assim através
de Maria Sylvia Nunes em Poesia e inspiração
com os versos do poeta menor Tristan Klingsor

"Ásia, Ásia, Ásia
Velho país maravilhoso dos contos das amas
onde dorme a fantasia como uma imperatriz na
sua floresta toda cheia de mistérios"

e por falar em auto cantemos pois a festa será a primavera na Vila, sábado ,17 de setembro:

sábado, 10 de setembro de 2011

Festa da primavera pega o trem da Alegria com Gonzaguinha

Assim será sábado, 17 de setembro: A Felicidade Bate à Sua Porta com Gonzaguinha e Frenéticas

Alô, alô, alôô!
Diretamente da Rádio Nacional,
temos o prazer de apresentar:
"A Felicidade Bate à Sua Porta!"




O Trem da Alegria saiu agora.
Partiu nesse instante
da Rádio Nacional,
a gare principal da Central.
Carregado de ioiôs e colares, cocares,
miçangas e tangas e sambas para o nosso Carnaval.
O Trem da Alegria promete-mete-mete-mete, garante
que o riso será mais barato,dora-dora-dora em diante
que o berço será mais confortável,
que o sonho será interminável,
que a vida será colorida, etc e tal.
Que a Felicidade
baterá em cada porta,
e que importa a Mula Manca




se eu quero
a Felicidade
baterá em cada porta
e que importa a Mula Manca
se querem
A tal da Felicidade
baterá em cada porta,
e que importa a Mula Manca
se querem.
Pois o Trem da Alegria promete-mete-mete-mete, garante
que o riso será mais barato,dora-dora-dora em diante

que o berço será mais confortável,
que o sonho será interminável,
que a vida será colorida, etc e tal.

e na primavera tudo vai acontecendo assim tal Vital Farias cantando Leminski

voce me amava
disse
a margarida

a margarida
é doce
amarga a vida


Veja você
Arco-íris já mudou de cor
Uma rosa nunca mais desabrochou
Eu não quero ver você com esse
Gosto de sabão na boca (Bis)
Veja meu bem
Gasolina vai subir de preço
Eu não quero nunca mais seu endereço
Ou é o começo do fim ou é o fim
Eu vou partir pra cidade garantida, proibida
Arranjar meio de vida, Margarida
Pra você gostar de mim


E essas feridas da vida, Margarida
E essas feridas da vida, amarga vida

Pra você gostar
Gasolina já subiu de preço
Eu não quero nunca mais seu endereçoNo Pé do Lajeiro
João do Vale
Ou é o começo do fim ou é o fim
Eu vou partir pra cidade garantida, proibida
Arranjar meio de vida, Margarida
Pra você gostar de mim
E essas feridas da vida, Margarida
E essas feridas da vida, amarga vida
Pra você gostar


Chii! Lá vem a Onça com João do Vale e Tom Jobim, fujamos para o Bar do Costa pois João tomou muito goró ali...




Ah! Eu vou dar uma volta
Lá na mata do sapé
Onde mora o papa-mé
O furão e a caipora
Que o gato fora de hora
Faz visita no poleiro


É no pé do lajeiro
Aonde a onça mora
É no pé do lajeiro
Aonde a onça mora

Mas inté minha noiva viu
A carreira que eu levei
Nos caminho que eu passei
Quase morro de gritar
Pois a danada com mania de valente
Veio inté o meu terreiro
Pra mode me envergonhar

É no pé do lajeiro
Aonde a onça mora
É no pé do lajeiro
Aonde a onça mora

Ah! eu vou pegar a carabina
Eu vou calçado de botina
Pra cobra não me morder
Que não é de hoje nem é de ontem
Que o bicho vem no terreiro
Pra mode me envergonhar
Mas hoje em dia
Quem pode ter na certeza
Nem que peça a baronesa
Que hoje eu vou lhe matar
É no pé do lajeiro
Aonde a onça mora
É no pé do lajeiro
Aonde a onça mora

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Travessia de Adamastor - primeira trapalhada

Somente hoje, 6 de setembro, chegaram as primeiras notícias sobre a travessia de Adamastor rumo à Vila Isabel para festa da primavera.

Não é que Adamastor, por engano, atacou Clio, mãe de Thetis, ao confundi-la com a amada que o petrificou correndo o risco de virar pedra sobre pedra!

A foto tirada numa Roleiflex foi enviada para redação por rádio telegrafia e mostra que o tempo não esteve nada bem:


Diante dessa intempérie Jacaré respondeu a Adamastor para aguentar firme o tranco e ler um pouco de Nietzsche para saber que “quem tem por que viver agüenta qualquer como” ouvindo Gilberto Gil pois não restará nem pensamento...

Não me iludo
Tudo permanecerá
Do jeito que tem sido
Transcorrendo
Transformando
Tempo e espaço navegando
Todos os sentidos...

Pães de Açúcar
Corcovados
Fustigados pela chuva
E pelo eterno vento...

Água mole
Pedra dura
Tanto bate
Que não restará
Nem pensamento...



Tempo Rei!
Oh Tempo Rei!
Oh Tempo Rei!
Transformai
As velhas formas do viver
Ensinai-me
Oh Pai!
O que eu, ainda não sei
Mãe Senhora do Perpétuo
Socorrei!...

Pensamento!
Mesmo o fundamento
Singular do ser humano
De um momento, para o outro
Poderá não mais fundar
Nem gregos, nem baianos...

Mães zelosas
Pais corujas
Vejam como as águas
De repente ficam sujas...

Não se iludam
Não me iludo
Tudo agora mesmo
Pode estar por um segundo...

Jacaré também manda avisar ao Adamastor que não confunda Thetis com sua avó Tetis pois aí a coisa pode piorar pois ela é esposa de Oceano e habita “onde o sol se deita” e onde a esquadra de Adamastor terá de ṕassar. Para facilitar a não confusão, lá vai a foto da avó.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Galeano visitado pelo Jacaré com Isabel Allende e Neruda



Recebemos um comentário chamando o editor dessa página de preguiçoso por não ter havido publicação no fim de semana. Pedimos desculpas pela ausência e pedimos compreensão pois o editor esteve nas comemorações dos 71 anos de Eduardo Galeano.



"As veias abertas da América Latina fala basicamente sobre o saque dos recursos naturais sofrido pelo continente latino-americano do século XV até o fim do século XX.

No século o volver a la izquierda está tratando melhora das veias - nota do Jacaré para o editor.

- Depois do golpe de 1973 não pude levar muita coisa comigo: algumas roupas, fotos da família, um saquinho com barro do meu jardim e dois livros: uma velha edição de Odes, de Pablo Neruda, e o livro de capa amarela, As Veias Abertas da América Latina. Isabel Allende, no prefácio da edição chilena

Neruda queria apenas cinco coisas e como abriu mão da primavera, ela fugiu e está vindo para a festa do Jacaré, em 17 de setembro.



Quero apenas cinco coisas..
Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser… sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que continues me olhando.

Jacaré, compreendendo a ausência de seu editor, canta uma música do folclore chileno lendo Isabel Allende

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Leminsk de lenmiscata, Jacaré, Elvis, Cazuza, Gioconda e Monalisa no dia 17


Lemniscata di Bernoulli, uma curva da qual chegou Leminski pois o acaso...



o que quer dizer

para Haroldo de Campos

o que quer dizer, diz
Não fica sabendo
o que, um dia, eu sempre fiz.
Não fica só querendo, querendo,
coisa que eu nunca quis.
O que quer dizer, diz.
Só se dizendo num outro
o que, um dia, se disse,
um dia, vai se feliz

É para ser feliz o ângulo áureo vem com Cazuza



Todo dia a insônia me convence que o céu
Faz tudo ficar infinito
E que a solidão é pretensão de quem fica
Escondido fazendo fita

Todo dia tem a hora da sessão coruja
Só entende quem namora
Agora "vão bora"
Estamos meu bem por um triz

Pro dia nascer feliz
O mundo acordar e a gente dormir, dormir
Pro dia nascer feliz
Essa é a vida que eu quis
O mundo inteiro acordar e a gente dormir

Todo dia é dia e tudo em nome do amor
Essa é a vida que eu quis
Procurando vaga uma hora aqui, a outra ali
No vai-e-vem dos teus quadris



Nadando contra a corrente só pra exercitar
Todo o músculo que sente
Me dê de presente o teu bis

Pro dia nascer feliz
O mundo inteiro acordar e a gente dormir, dormir
Pro dia nascer feliz
O mundo inteiro acordar e a gente dormir

Todo dia é dia e tudo em nome do amor
Essa é a vida que eu quis
Procurando vaga uma hora aqui, a outra ali
No vai-e-vem dos teus quadris

Nadando contra a corrente só pra exercitar
Todo o músculo que sente
Me dê de presente o teu bis

Pro dia nascer feliz
O mundo inteiro acordar e a gente dormir, dormir
Pro dia nascer feliz
O mundo inteiro acordar e a gente dormir


como Elvia não morreu a canção, canta o sorriso de Leonardo da Vinci em Gioconda



Mona Lisa, Mona Lisa, man have named you
You're so like the lady with the mystic smile
Is it only 'cause you're lonely man have blamed you
For that Mona Lisa strangeness in your smile
Do you smile to tempt a lover Mona Lisa
Or is it your way to hide a broken heart

Many dreams have been brought to your doorstep
They just lie there and they die there
Are you warm, are you real Mona Lisa
Or just a cold and lonely lovely work of art

La la la la......

For that Mona Lisa strangeness in your smile
Do you smile to tempt a lover Mona Lisa
Or is it your way to hide a broken heart

Many dreams have been brought to your doorstep
They just lie there and they die there
Are you warm, are you real Mona Lisa
Or just a cold and lonely lovely work of art

Muito melo-romântico Jacaré com Elvis ao Havaí foi colher flores do casamento com Matisse

Wise men say only fools rush in
But I can't help falling in love with you
Shall I stay would it be a sin
If I can't help falling in love with you

Like a river flows surely to the sea
Darling so it goes some things are meant to be
Take my hand take my whole life too
For I can't help falling in love with you

Like a river flows surely to the sea
Darling so it goes some things are meant to be
Take my hand take my whole life too
For I can't help falling in love with you
For I can't help falling in love with you

terça-feira, 30 de agosto de 2011

A vida é p'ra valer, a vida é p'ra levar para a festa


A vida é p'ra valer com alegria e humor que seja bastante como Chico escreveu p'ra Vinicius e Toquinho em Ci cantou

Poeta
Meu poeta camarada
Poeta da pesada
Do pagode e do perdão
Perdoa essa canção improvisada
Em tua inspiração
De todo o coração
Da moça e do violão
Do fundo

Poeta
Poetinha vagabundo
Quem dera todo mundo
Fosse assim feito você
Que a vida não gosta de esperar
A vida é pra valer
A vida é pra levar
Vininha, velho, saravá



Neruda,velho, saravá

Não te quero senão porque te quero
E de querer-te a não querer-te chego
E de esperar-te quando não te espero
Passa meu coração do frio ao fogo.
Te quero só porque a ti te quero,
Te odeio sem fim, e odiando-te rogo,
E a medida de meu amor viageiro
É não ver-te e amar-te como um cego.
Talvez consumirá a luz de janeiro
Seu raio cruel, meu coração inteiro,
Roubando-me a chave do sossego.
Nesta história só eu morro
E morrerei de amor porque te quero,
Porque te quero, amor, a sangue e a fogo.

A alegria de viver é que permitiu Vinícius mandar 1973 para a puta que pariu

Que ano mais sem critério
esse de 73
 Levou para o cemitério
três Pablos de uma só vez


Três Pablões, não três pablinhos
No tempo como no espaço
Pablos de muitos caminhos:
Neruda, Casals, Picasso.


Três Pablos que se empenharam
contra o fascismo espanhol
Três Pablos que muito amaram
Três Pablos cheios de Sol.


Um trio de imensos Pablos
em gênio e demonstração
Feita de engenho, trabalho
Pincel, arco e escrita à mão.


Três publicíssimos Pablos: Picasso, Casals, Neruda
Três Pablos de muita agenda
Três Pablos de muita ajuda.
Três líderes cuja morte
o mundo inteiro sentiu

Oh, ano triste e sem sorte
Vá pra puta que o pariu!

e em toda essa arte e sentimento Pablo Casals encarna Orfeu e flana com Bach


o sentimento em pincéis ...



toda essa história e arte estarão na festa da primavera do Jacaré