é Alegria, Alegria
Baile infantil às 17 horas
Baile adulto às 20 horas
numa deliciosa batalha de confetes
sob a luz da dindinha Lua
Visconde de Abaeté com Torres Homem
Vila Isabel
São cinquentas anos do Tropicalismo digeridos antropofagicamente, pois só a antropofagia nos une, com Noel Rosa, Semana de Arte Moderna e Woodstock.
Jacaré vai aos números em anos arte somando 1922 da Semana de Arte Moderna, 1967 do Tropicalismo, 1969 do Woodstock 1910 de Noel Rosa são pois:
Sete mil, setecentos e sessenta oito anos arte
ao som de
Caminhando contra o vento O sol se reparte em crimes,
Sem lenço, sem documento Espaçonaves, guerrilhas
No sol de quase dezembro Em cardinales bonitas
Eu vou Eu vou
Sem lenço, sem documento Espaçonaves, guerrilhas
No sol de quase dezembro Em cardinales bonitas
Eu vou Eu vou
Em caras de presidentes Por entre fotos e nomes
Em grandes beijos de amor Os olhos cheios de cores
Em dentes, pernas, bandeiras O peito cheio de amores vãos
Bomba e brigitte bardot Eu vou
O sol nas bancas de revista
Me enche de alegria e preguiça
Quem lê tanta notícia
Eu vou
Em grandes beijos de amor Os olhos cheios de cores
Em dentes, pernas, bandeiras O peito cheio de amores vãos
Bomba e brigitte bardot Eu vou
O sol nas bancas de revista
Me enche de alegria e preguiça
Quem lê tanta notícia
Eu vou
Por que não, por que não
Ela pensa em casamento Eu tomo uma coca-cola
E eu nunca mais fui à escola Ela pensa em casamento
Sem lenço, sem documento, E uma canção me consola
Eu vou Eu vou
Por entre fotos e nomes
Sem livros e sem fuzil
Sem fome sem telefone
No coração do brasil
Sem livros e sem fuzil
Sem fome sem telefone
No coração do brasil
Ela nem sabe até pensei Sem lenço, sem documento
Em cantar na televisão Nada no bolso ou nas mãos
O sol é tão bonito Eu quero seguir vivendo, amor
Eu vou Eu vou
Por que não, por que não...
E um curioso passante perguntou ao Jacaré:
- O que tem Noel Rosa a ver com a Tropicália ?
- Tudo, respondeu Jacaé sem mais delongas
Noel é como a Mangueira, não tem explicação como cantou Clementina de Jesus, que Noel a considera uma grande tropicalista.
Dando os trâmites por findos, Jacaré exalta a mulata que alguns blocos da Liga das Chatices e Caretices resolveram retirar de seus repertórios:
- Salve a mulata ! Ala la ô !
Muwallad, mualad, mulad, mulata. Palavra doce e musical."
CaribéNoel é como a Mangueira, não tem explicação como cantou Clementina de Jesus, que Noel a considera uma grande tropicalista.
Vista assim do alto,
Mais parece o céu no chão.
Sei lá,
Em Mangueira a poesia
feito o mar se alastrou,
E a beleza do lugar...
Pra se entender, tem que se achar,
que a vida não é só isso que se vê,
é um pouco mais.
Que os olhos não conseguem perceber,
E as mãos, não ousam tocar,
E os pés, recusam pisar.
Reparem o verde e rosa em Noel
Sei lá, não sei, sei lá, não sei lá...
Só sei que toda a beleza de que lhes falo,
Sai tão somente do meu coração.
Em Mangueira a poesia,
Num sobe e desce constante,
Anda descalço ensinando,
Um modo novo da gente viver,
De cantar, de chorar, de sofrer.
Sei lá, não sei, sei lá, não sei lá,
A Mangueira é tão grande
Que nem cabe explicação.
Mais parece o céu no chão.
Sei lá,
Em Mangueira a poesia
feito o mar se alastrou,
E a beleza do lugar...
Pra se entender, tem que se achar,
que a vida não é só isso que se vê,
é um pouco mais.
Que os olhos não conseguem perceber,
E as mãos, não ousam tocar,
E os pés, recusam pisar.
Reparem o verde e rosa em Noel
Sei lá, não sei, sei lá, não sei lá...
Só sei que toda a beleza de que lhes falo,
Sai tão somente do meu coração.
Em Mangueira a poesia,
Num sobe e desce constante,
Anda descalço ensinando,
Um modo novo da gente viver,
De cantar, de chorar, de sofrer.
Sei lá, não sei, sei lá, não sei lá,
A Mangueira é tão grande
Que nem cabe explicação.
Dando os trâmites por findos, Jacaré exalta a mulata que alguns blocos da Liga das Chatices e Caretices resolveram retirar de seus repertórios:
- Salve a mulata ! Ala la ô !
Chega de pré conceito, amar é preciso, assim Jacaré leu o belo artigo da historiadora Lita Chastan, na página de Lígia Benevides.
"História da Península Ibérica, que a palavra mulata é corruptela do termo árabe muwallad (mualad, mulad, mulata).
.
Muwallad, mualad, mulad, mulata. Palavra doce e musical."
Cantemos pois, tropicaliamente, OS OLHOS VERDES DA MULATA, com Caetano e Gil em Tropicália
Sobre a cabeça os aviões
Sob os meus pés, os caminhões
Aponta contra os chapadões, meu nariz
Eu organizo o movimento
Eu oriento o carnaval
Eu inauguro o monumento
No planalto central do país
Viva a bossa, sa, sa
Viva a palhoça, ça, ça, ça, ça
“La mulata Cartagenera”, 1940,
de Enrique Grau Araújo
O monumento é de papel crepom e prata
Os olhos verdes da mulata
A cabeleira esconde atrás da verde mata
O luar do sertão
O monumento não tem porta
A entrada é uma rua antiga,
Estreita e torta
E no joelho uma criança sorridente,
Feia e morta,
Estende a mão
Viva a mata, ta, ta
Viva a mulata, ta, ta, ta, ta
No pátio interno há uma piscina
Com água azul de Amaralina
Coqueiro, brisa e fala nordestina
Lan, do acervo pessoal de um jacarense
E faróis
Na mão direita tem uma roseira
Autenticando eterna primavera
E no jardim os urubus passeiam
A tarde inteira entre os girassóis
Viva Maria, ia, ia
Viva a Bahia, ia, ia, ia, ia
No pulso esquerdo o bang-bang
Em suas veias corre muito pouco sangue
Mas seu coração
Balança a um samba de tamborim
Emite acordes dissonantes
Pelos cinco mil alto-falantes
Senhoras e senhores
Ele pões os olhos grandes sobre mim
Gabriela, Sônia Braga, Aquarius
Prêmio Ibero-Americano de Cinema Fênix
Viva Iracema, ma, ma
Viva Ipanema, ma, ma, ma, ma
Domingo é o fino-da-bossa
Segunda-feira está na fossa
Terça-feira vai à roça
Porém, o monumento
É bem moderno
Não disse nada do modelo
Do meu terno
Que tudo mais vá pro inferno, meu bem
Que tudo mais vá pro inferno, meu bem
Viva a banda, da, da
Carmen Miranda, da, da, da da.
FORA TEMER, assim falou Jacaré
Sob os meus pés, os caminhões
Aponta contra os chapadões, meu nariz
Eu organizo o movimento
Eu oriento o carnaval
Eu inauguro o monumento
No planalto central do país
Viva a bossa, sa, sa
Viva a palhoça, ça, ça, ça, ça
“La mulata Cartagenera”, 1940,
de Enrique Grau Araújo
O monumento é de papel crepom e prata
Os olhos verdes da mulata
A cabeleira esconde atrás da verde mata
O luar do sertão
O monumento não tem porta
A entrada é uma rua antiga,
Estreita e torta
E no joelho uma criança sorridente,
Feia e morta,
Estende a mão
Viva a mata, ta, ta
Viva a mulata, ta, ta, ta, ta
No pátio interno há uma piscina
Com água azul de Amaralina
Coqueiro, brisa e fala nordestina
Lan, do acervo pessoal de um jacarense
E faróis
Na mão direita tem uma roseira
Autenticando eterna primavera
E no jardim os urubus passeiam
A tarde inteira entre os girassóis
Viva Maria, ia, ia
Viva a Bahia, ia, ia, ia, ia
No pulso esquerdo o bang-bang
Em suas veias corre muito pouco sangue
Mas seu coração
Balança a um samba de tamborim
Emite acordes dissonantes
Pelos cinco mil alto-falantes
Senhoras e senhores
Ele pões os olhos grandes sobre mim
Gabriela, Sônia Braga, Aquarius
Prêmio Ibero-Americano de Cinema Fênix
Viva Iracema, ma, ma
Viva Ipanema, ma, ma, ma, ma
Domingo é o fino-da-bossa
Segunda-feira está na fossa
Terça-feira vai à roça
Porém, o monumento
É bem moderno
Não disse nada do modelo
Do meu terno
Que tudo mais vá pro inferno, meu bem
Que tudo mais vá pro inferno, meu bem
Viva a banda, da, da
Carmen Miranda, da, da, da da.
FORA TEMER, assim falou Jacaré
Aquarius: a resistência é um lugar solitário
O filme de Kleber Mendonça Filho é a história de uma mulher que se
recusa, ponto. E assim resistimos; sozinhas, mas todas juntas.
Jacaré, parabéns pelo enredo e pela conversa com a música popular. Com certeza estaremos em mais essa festa do povo de Vila Isabel.
ResponderExcluirSônia e Ricardo.
A coluna do Ricardo Cravo Alvim no Dia traz uma boa abordagem sobre a beleza da mulata cantada por Lamartine Babo : "branca é branca, preta é preta mas a mulata é a tal !".
ResponderExcluirÉ na esquina das ruas Visconde de Abaeté com Torres Homem. Vila Isabel, naturalmente...
ResponderExcluirVamos que vamos!
Estou indo para o Jacaré da melhor festa da sexta de carnaval.
ResponderExcluirFlávia
Eu não fui. Mas me lembrei o tempo todo.
ResponderExcluirLeila.