sábado, 8 de outubro de 2011

Sábado, clareou a alegria no Jacaré com rosas e rendas de Angola

O sábado clareou e uma mulher de branco inundou com seu balanço as ruas de Vila Isabel, p'ra participar é navegar aqui quando ela pisou na areia

O mar serenou quando ela pisou na areia
Quem samba na beira do mar é sereia


O pescador não tem medo
É segredo se volta ou se fica no fundo do mar
Ao ver a morena bonita sambando
Se explica que não vai pescar
Deixa o mar serenar



A lua brilhava vaidosa
De si orgulhosa e prosa com que deus lhe deu
Ao ver a morena sambando Foi se acabrunhando então adormeceu o sol apareceu

da areia foi para o mar com rosas e rendas

É água no mar, é maré cheia ô
mareia ô, mareia
É água no mar...

Contam que toda tristeza
Que tem na Bahia
Nasceu de uns olhos morenos
Molhados de mar.

Não sei se é conto de areia
Ou se é fantasia
Que a luz da candeia alumia
Pra gente contar.

Um dia morena enfeitada
De rosas e rendas
Abriu seu sorriso moça
E pediu pra dançar.

A noite emprestou as estrelas
Bordadas de prata
E as águas de Amaralina
Eram gotas de luar.



da Bahia, a moça de branco seguiu para Angola

Morena de Angola
Que leva o chocalho
Amarrado na canela
Será que ela mexe o chocalho
Ou chocalho é que mexe com ela?

Será que a morena cochila
Escutando o cochicho do chocalho?
Será que desperta gingando
E já sai chocalhando pro trabalho?

Será que ela tá na cozinha
Guisando a galinha à cabidela?
Será que esqueceu da galinha
E ficou batucando na panela?
Será que no meio da mata
Na moita, morena ainda chocalha?
Será que ela não fica afoita
Pra dançar na chama da batalha?
Morena de Angola que leva
O chocalho amarrado na canela
Passando pelo regimento ela faz requebrar a sentinela

em Angola, Clementina vadiava e Xangô dirigia a Harmonia e assim cantaram para Clara Guerreira Mineira




Eu moro na roça Iaiá
Eu nunca morei na cidade
Eu compro jornal da manhã
É pra saber das novidades

Minha gente cheguei agora
Minha gente cheguei agora
Minha gente cheguei com Deus
E com Nossa Senhora,
Eu moro na roça

Xique Xique Macambira
Filho de Preto da'Angola
Inda bem não sabe ler
Já quer ser mestre de escola,
Eu moro na roça

Era tu e era ela
Era ela era tu e eu
Hoje nem tu nem ela
Nem ela nem tu nem eu,
Eu moro na roça

Menino quem foi teu mestre
Meu mestre foi Ceara
Me ensino a cantar samba
Não me ensino a trabalha,
Eu moro na roça

Todo dia passa lá em casa
É a minha comadre Letícia
Ela me levou o Gongo, Ultima hora , o Diário Noticia
Eu moro na roça

Moro na roça Iaiá
Nunca morei na cidade
Compro jornal da manhã
Pra saber das novidades..

Um comentário:

  1. Nossa, praticamente “almocei” no Gato de Botas do Seu Agostinho. Muito boa a comida, oitis e a conversa.
    A vida pode ser boa.Ah,se pode!
    Leila.

    ResponderExcluir