Queria ser pandeiro
Pra sentir o dia inteiro
Malandro que não bebe, que não come
Que não abandona o samba, pois o samba mata a fome
Morena bem bonita lá da roça
Coisa nossa, coisa nossa
Noel sempre é saudado pelo Jacaré com festa no dia do aniversário.
Abriu-se a cortina do universo
Pra Vila cantar em verso
Uma história astral
Uma astrologia criada
Na primeira madrugada
A sorte foi lançada
Daí pra frente não há futuro nem presente
Que o destino esteja ausente
Heitor dos Prazeres
Jacaré tem a tradição de lavar a estátua do Noel a cada aniversário
Mas Noel manda dizer que não quer festa na rua.
Nada de glomeração pois assim foi com a febre amarela
Com a tal de febre amarela que não cansa de matar
E a dona Chica que anda atrás de mal conselho
Pinta o corpo de vermelho pro amarelo não pegar
Então mas nesse 2020 da pandemia e abandono, cada jacarense usará sabão de coco para lavar as mãos em casa numa hora combinada
O coco, sem sabão, será usado no brinde com álcool de cachaça de cana caiana
O coco também será dançado vindo de Xapecó em homenagem a Noel.
Então, deu no jornal que o Jacaré homenageia um bamba
Com saudades perguntassem
Por onde anda Noel
Com toda minha fé responderia
Vaga na noite e no dia Vive na terra e no céu
...
No ar de Vila Isabel
...
No ar de Vila Isabel
Com o sedutor não bebi
Nem fui com ele a bordel
Mas sei que está presente
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