domingo, 23 de março de 2014

No dia 3 de maio, festa do Jacaré trabalhador, o homenageado será Ernesto Nazareth




Jacaré passeando pela Cinelândia encontrou Antônio Adolfo que lembrou ser estar nos 151 anos de Ernesto Nazaré.

Os dois então entraram no cinema Odeon, depois de um cafezinho em pé na esquina, e lá Ernesto chamou Antnio ao piano e olhem a lindeza que Jacaré escutou.

Ai, quem me dera
O meu chorinho
Tanto há tempo abandonado
E a melancolia que eu sentia
Quando ouvia
Ele fazer tanto chorado Adios Nonino
Ai, nem me lembro
Há tanto, tanto
Todo o encanto
De um passado
Que era lindo
Era triste, era bom
Igualzinho a um chorinho
Chamado Odeon



Lá pelas tantas, Nara Leão entou no palco, com uma saia curta mostrando os belos joelhos, e nos cantou também o Odeon

Chora bastante meu chorinho
Teu chorinho de saudade
Diz ao bandolim pra não tocar
Tão lindo assim
Porque parece até maldade
Ai, meu chorinho
Eu só queria
Transformar em realidade
A poesia
Ai, que lindo, ai, que triste, ai, que bom
De um chorinho chamado Odeon


Daí seguiu-se Bambino, lógico que com Elza Soares

E se o ferro ferir

E se a dor perfumar
Um pé de manacá
Que eu sei existir
Em algum lugar

E se eu te machucar
Sem querer atingir
E também magoar
O seio mais lindo que há
 
No piano também, pois era um número infinito de pianos no palco, Marco Aurélio Xavier, de alma brasileira, também tocou o Bambino

E se for ou não for
Vou contigo dançar
E sempre te amar amor

E se eu nunca pagar
O quanto pedi
Pra você me dar
E se a sorte sorrir
O infinito deixar
Vou seguindo seguir
E quero teus lábios beijar




Como Bambino é um tango brasileiro publicado em 1907, Astor Piazzola também nesse palco iluminado brindou a platéia com Adios Nonino pois sempre chega a hora de dizer adeus - a hora do réquiem, também escrito por Mozart e cantado p'ra Chopin.

 
Voltemos pois a Nazareth, que com Odeon, Bambino, Apanhei-te cavaquinho, ameno Resedá,..

... com essas obra todas foi internado no manicômio Juliano Moreira, em Jacarepaguá, dali tentou fugir e morreu afogado.

Nosso bloco vai homenagear aqueles que trabalham com a loucura tirando dela a doença e com ela fazendo arte, trabalho e música como faz o


com o jacarense Abel do Cavaco que, desde já, está ensaiando as composições de Erneto Nazareth para invadirem a festa de 3 de maio, na esquina.

E p'ra terminar essa edição, Jacaré convida a todos para brejeiramente procurar um cavaquinho p'ra apanhar

fim por hoje

2 comentários:

  1. Estava na Hipólito da Costa com meu Fidel e ouvi uma música da mãe Quelé vindo de uma casa. Uma senhora me disse que lá morava a sobrinha de Clementina e que de vez em quando ela tocava canções da tia.
    Inflei um peito de bomba, orgulhosa.
    Como diz Mautner, “Viva Jesus de Nazareth, “Mãe Quelé “ (eu acrescento) e os tambores do candomblé. E claro, Ernesto, homenageado pelo Jacaré.
    Leila Sales.

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  2. Desculpe, "peito de pomba"...
    Leila Sales.

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