sábado, 17 de dezembro de 2011

Thetis e Luz del Fuego no bordel e Adamastor no puteiro


emburacado Jacaré, sai trofêgo, do Savoy no Recife da Guararapes, e sabe-se lá o que foi fazer no Pina ao se preparar para o corso

Garçom! Aqui!
Nessa mesa de bar
Você já cansou de escutar
Centenas de casos de amor...


Garçom!
No bar todo mundo é igual

Meu caso é mais um, é banal
Mas preste atenção por favor...

Saiba que o meu grande amor
Hoje vai se casar
Mandou uma carta pra me avisar
Deixou em pedaços meu coração...



E pra matar a tristeza
Só mesa de bar
Quero tomar todas
Vou me embriagar
Se eu pegar no sono
Me deite no chão!...

Garçom! Eu sei!
Eu estou enchendo o saco
Mas todo bebum fica chato
Valente, e tem toda a razão...

Garçom! Mas eu!
Eu só quero chorar
Eu vou minha conta pagar
Por isso eu lhe peço atenção...
Saiba que o meu grande amor
Hoje vai se casar
Mandou uma carta pra me avisar
Deixou em pedaços meu coração...



E prá matar a tristeza
Só mesa de bar
Quero tomar todas
Vou me embriagar
Se eu pegar no sono
Me deite no chão!...

Saiba que o meu grande amor
Hoje vai se casar
Mandou uma carta prá me avisar
Deixou em pedaços meu coração...

E pra matar a tristeza
Só mesa de bar
Quero tomar todas
Vou me embriagar
Se eu pegar no sono
Me deite no chão!

Aconteceu essa tristeza porque Luz del Fuego e Thetis foram para o Bordel, deixando Adamastor e Jacaré na maior dor de corno somente curada por Nelson Gonçalves ao se achegar e dizer que é assim mesmo: pague Jacaré!


Antigamente, nos meus tempos de ventura
Quando eu voltava do trabalho para o lar
Deste bar alguém gritava com ironia
"Entra mano, o fulano vai pagar"
Havia sempre alguém pagando um trago,

Pelo simples direto de falar,
Havia sempre uma tragédia entre dois copos,
Nas gargalhadas de um infeliz a soluçar,
Eu sabia que era um estranho nesse meio

Um estrangeiro na fronteira desse bar.
Mas bebia, outros pagavam e eu partia
Para o mundo abençoado do meu lar



Hoje faço deste bar a sucursal,
Do meu lar, que atualmente não existe,
Tenho minha história pra contar,
Uma história que é igual, amarga e triste,

Sou apenas uma sombra que mergulha
No oceano de bebida, o seu passado,
Faço parte dessa estranha confraria,
Do Vermute, do Conhaque e do traçado.

Mas se passa pela rua algum amigo,
Em cuja porta, a desgraça não bateu,
Grito que entre, neste bar beba comigo,
Hoje quem paga sou eu !...

terminada a noitada em Buenos Aires, ao Dr Manuel Bandeira foram, e aÍ:




Febre, hemoptise, dispnéia e suores noturnos.
A vida inteira que podia ter sido e que não foi
Tosse, tosse, tosse.
Mandou chamar o médico:
-Diga trinta e três.
-Trinta e três... trinta e três... trinta e três...
-Respire.
......................................…
- O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.
-Então doutor, não é possível tentar o pneumatórax?
-Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.

Um comentário:

  1. Desculpe, mas é preciso dizer que Cesarea é morta.
    Viva Cabo Verde que nos trouxe mesmo sem querer, muitos cabo-verdianos que desejavam a Argentina,França, mas chegavam na "Terra onde tudo se plantando dá".
    Leila Sales .
    Tristeza e "Sodade",muita Sodade.

    ResponderExcluir