Samba Choro em homenagem a São Sebastião
Sábado - 21 de janeiro
de 19 às 23 horas
na esquina do Jacaré
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Jacaré recebeu da jacarense Rachel um presente de reis magos com o Louco de Kahlil Gibran
"Perguntais-me como me tornei louco. Aconteceu assim:
Um dia, muito tempo antes de muitos deuses terem nascido, despertei de um sono profundo e notei que todas as minhas máscaras tinham sido roubadas – as sete máscaras que eu havia confeccionado e usado em sete vidas – e corri sem máscara pelas ruas cheias de gente gritando: Ladrões, ladrões, malditos ladrões!
Homens e mulheres riram de mim e alguns correram para casa, com medo de mim.
E quando cheguei à praça do mercado, um garoto trepado no telhado de uma casa gritou: É um louco! Olhei para cima, para vê-lo. O sol beijou pela primeira vez minha face nua.
Pela primeira vez, o sol beijava minha face nua, e minha alma inflamou-se de amor pelo sol, e não desejei mais minhas máscaras. E, como num transe, gritei: Benditos, benditos os ladrões que roubaram minhas máscaras!
Assim me tornei louco.
E encontrei tanto liberdade como segurança em minha loucura: a liberdade da solidão e a segurança de não ser compreendido, pois aquele que nos compreende escraviza alguma coisa em nós."
Da jacarense Leila veio a sugestão do Jacaré dançar um lundu e para entender melhor essa dança de Angola, Jacaré foi à Mocidade Independente em 1972 e saiu cantando a Rainha Mestiça em tempo de lundu de Jurandir Melo e Serafim Adriano
Oi, que dança boa
Para se dançar
Dava um negócio no corpo
Ninguém conseguia parar
Vamos falar de nossa história
Lembrando o Brasil imperial
Exaltando a rainha mestiça
Neste carnaval
Vamos falar dos bantos
Que para alegria geral
Trouxeram de Angola
O lundu para alegrar o pessoal
Saiu da senzala
Entrou nos salões
Para alegria de todos os corações
Os violeiros tocavam a melodia
Iaiá dançava, sinhá sorria
A rainha desfilava
Airosa como a palmeira
Ao som da melodia
A tristeza da senzala
O escravo esquecia
Cantando o lundu
Dançando o lundu
E tudo terminava em alegria
e p´ra que toda essa loucura não o faça um molambo qualquer, Jacaré canta com Cauby Peixoto
Eu sei que vocês vão dizer
Que é tudo mentira, que não pode ser
Que depois de tudo o que ele me fez
Eu jamais deveria aceitá-lo outra vez
Eu sei que assim procedendo
Me exponho ao desprezo de todos vocês
Lamento, mas fiquem sabendo
Que ele voltou e comigo ficou
Ficou pra matar a saudade
A tremenda saudade que não me deixou
Que não me deu sossego um momento sequer
Desde o dia em que ele me abandonou
Ficou pra impedir que a loucura
Fizesse de mim um molambo qualquer
Ficou desta vez para sempre
Se Deus quiser...
Alô editor do Jacaré, informe se houve a sessão de fotos com Vó e Tia Maria e com um lundu de fundo musical.
ResponderExcluirSaudações
Sergio Rosa