quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Navegar é preciso com a consciência negra

Adamastor enviou ao Jacaré um cabograma pedindo para publicar que infelizmente o "navegar é preciso, viver não é preciso" não é originário de Fernando Pessoa e sim do cruel general romano que dizimou muitos africanos em sua luta política lá pelos cem AC. Na hora de seu navio partir num temporal Pompeu gritou: navegar é preciso; viver não é preciso!

E em tempo da comemoração da consciência negra, Jacaré vai de Fernando Pessoa agradecendo ao Adamastor a aula:



" Navegar é Preciso - Fernando Pessoa

Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa:
"Navegar é preciso; viver não é preciso".

Quero para mim o espírito [d]esta frase,
transformada a forma para a casar como eu sou:

Viver não é necessário; o que é necessário é criar.
Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso.
Só quero torná-la grande,
ainda que para isso tenha de ser o meu corpo
e a (minha alma) a lenha desse fogo.

Só quero torná-la de toda a humanidade;
ainda que para isso tenha de a perder como minha.
Cada vez mais assim penso.

Cada vez mais ponho da essência anímica do meu sangue
o propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir
para a evolução da humanidade.

É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa Raça."




Lá veio Dona Ivone Lara cantando o Sorriso Negro

Um sorriso negro, um abraço negro
Traz....felicidade
Negro sem emprego, fica sem sossego
Negro é a raiz da liberdade

..Negro é uma cor de respeito
Negro é inspiração
Negro é silêncio, é luto
negro é...a solidão

Negro que já foi escravo
Negro é a voz da verdade
Negro é destino é amor
Negro também é saudade.. (um sorriso negro !)


Agenda do Jacaré

Dia 10 de dezembro, aniversário de Noel Rosa com a tradiconal caminhada musical e roda de samba choro.



Vamos todos ao preparo começando pela admiração à mulher pelo gago Noel Rosa

Mu-mu-mulher, em mim fi-fizeste um estrago
Eu de nervoso estou-tou fi-ficando gago
Não po-posso com a cru-crueldade da saudade
Que que mal-maldade, vi-vivo sem afago

Tem tem pe-pena deste mo-moribundo
Que que já virou va-va-va-va-ga-gabundo
Só só só só por ter so-so-sofri-frido
Tu tu tu tu tu tu tu tu
Tu tens um co-coração fi-fi-fingido

Mu-mu-mulher, em mim fi-fizeste um estrago
Eu de nervoso estou-tou fi-ficando gago
Não po-posso com a cru-crueldade da saudade
Que que mal-maldade, vi-vivo sem afago

Teu teu co-coração me entregaste
De-de-pois-pois de mim tu to-toma-maste
Tu-tua falsi-si-sidade é pro-profunda
Tu tu tu tu tu tu tu tu
Tu vais fi-fi-ficar corcunda!

Um comentário:

  1. Oi Jacaré, ontem aqui em Barcelona discutimos a participação popular nas redes sociais. Professores e o próprio diretor mostraram-se reticentes e um pouco desconfiados.
    Poucos de fato, manifestaram-se de modo menos temerário.
    Mas seguindo o lema, navegar é preciso e viver diante dos novos desafios mais ainda.
    Logo cedo vi a Lua da Catalunya, envolta num aro transparente.

    Leila Sales.

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