sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Jacaré azara a vizinha, em Vila Isabel, e você sabe o porquê

Hoje Jacaré com Braguinha, Trio Iraquitan e Grande Otelo, numa cena do filme Garota Enxuta, canta a Catalunha e você sabe o porquê:




Eu fui às touradas em Madri
E quase não volto mais aqui
Pra ver Peri beijar Ceci.
Eu conheci uma espanhola
Natural da Catalunha;
Queria que eu tocasse castanhola
E pegasse touro à unha.
Caramba! Caracoles! Sou do samba,
Não me amoles.
Pro Brasil eu vou fugir!
Isto é conversa mole para boi dormir!

" Essa música foi cantada pela torcida na goleada de 6 x 1 do Brasil sobre a Espanha, no Maracanã na Copa de 50."

e como não podia de ser, Braguinha nasceu em Vila Isabel e o Maracanã fica em Vila Isabel

Azarando como sempre, dessa vez com Dorival Caymmi e Chico Buarque, Jacaré deu em cima da vizinha da madame e você sabe o porquê



A vizinha quando passa
Com seu vestido grená
Todo mundo diz que é boa
Mas como a vizinha não há
Ela mexe co'as cadeiras pra cá.
Ela mexe co'as cadeiras pra lá.
Ele mexe com o juízo
Do homem que vai trabalhar

Há um bocado de gente
Na mesma situação
Todo mundo gosta dela
Na mesma doce ilusão
A vizinha quando passa
Que não liga pra ninguém
Todo mundo fica louco
E o seu vizinho também

Lan

e como não podia deixar de ser, a de grená nasceu em Vila Isabel




P'ra não perder a viagem, Braguinha encontrou-se com Noel da esquina de Souza Franco com Teodoro da Sila e fizeram duas músicas. Oiçam:

Pastorinhas com Elizeth Cardoso e Radamés Gnatalli.

A estrela d'alva
No céu desponta
E a lua anda tonta
Com tamanho esplendor.
E as pastorinhas,
Pra consolo da lua
Vão cantando na rua
Lindos versos de amor.

Linda pastora,
Morena da cor de Madalena,
Tu não tens pena
De mim que vivo tonto com o teu olhar...
Linda criança,
Tu não me sais da lembrança.
Meu coração não se cansa
De sempre e sempre te amar.



e como ambos estavam com fome, foram ao Bar do Costa e fizeram mais essa no Prato Fundo

Se como tanto
Aprendi com a minha avó
Na minha casa
Só se come em prato fun-d-o-dó

A minha mana
Para esperar o almoço
Come casca de banana
Depois engole o caroço
E o meu titio
Faz vergonha a todo instante
Foi ao circo com fastio
E engoliu o elefante

A minha tia
Já engoliu uma fruteira
Estou vendo ainda o dia
Que ela almoça a cozinheira
E depois disso
Leva sempre a dar palpite
Toma chumbo derretido
Para abrir o apetite

Meu bisavô
Que era um índio botocudo
Devorou a tribo inteira
Com pajé, cacique e tudo
E a minha avó
Que comia à portuguesa
Reduziu dois bois a pó
E inda quis a sobremesa

na voz de Almirante que, como não podia deixar de ser, é cria de Vila Isabel

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