domingo, 12 de setembro de 2010

Primavera dos Sonhos - o comentário vira página

Jacaré recebeu um presente literário que o torna mais responsável pela brilhanteza da Festa de 18 de setembro. Brilhanteza é a soma de brilhante com completeza assim como uma estrela de primeira grandeza.

Tem mais, Sheila e Lurdinha, jacarenses de ídem grandeza, trazem à festa a vestimenta de pareôs com muitas flores para mulheres e homens.

Para mostrar o figurino de um pareô, Jacaré ficou azedo pois foi na internete buscar imagem e encontrou de tudo, menos um pareô. Foi em sarongue e achou um mais ou menos pareô. Jacarenses vestis pois dessa maneira para sábado, sendo saia e blusa é mais pareô do que essa caretice abaixo.



E vamos, lá ao presente literário:

"Gullar disse que aprendeu muitas coisas com seu gato chamado Gatinho, bicho sabido e companheiro, inclusive quando ele se foi o velho poeta não teve outro, pois afirma que amigo não se substitui. Teve também filhos esquizofrênicos e algumas dezenas de dores, mas forte e sonhador segue caminhando e ofertando aos que se aproximam, “poemas janelas” por onde nossas almas conseguem vislumbrar e resgatar sua melhor parte, por vezes esquecida na mesmice da vida.

Mas para o Jacaré não ficar com ciúme do bichano do Gullar, ele precisa saber que é Epicurista, pois segue os preceitos do filósofo acerca da essencial da vida, e mesmo sendo um bicho d’água, busca a liberdade, a felicidade e desafia o tempo, exigindo que ele seja suficiente para que se medite sobre tudo isso.

Assim, mesmo que muitos de nós não fujamos de casa aos oitenta anos, e outros não realizem o amor presente nos poemas de Yeats, uma coisa é certa, a primavera sempre vai chegar, florindo os Ypês da Vila e lançando luz nos nossos ouvidos.

Leila Sales"


Renoir, saúda o público e pede passagem para seu gato

"Tantas formas revestes, e nenhuma
Me satisfaz!
Vens às vezes no amor, e quase te acredito.
Mas todo o amor é um grito
Desesperado
Que apenas ouve o eco...
Peco
Por absurdo humano:
Quero não sei que cálice profano
Cheio de um vinho herético e sagrado.

Miguel Torga,
in 'Penas do Purgatório'"


A tela e a poesia podem ser vistas em Portugal Poético com fundo musical que Jacaré não sabe qual é, e agradece a quem contribuir desvendando-o.

E agora, beijo na boca no chão

Fogo e Paixão
Wando e Rose

Você é luz
É raio estrela e luar
Manhã de sol
Meu iaiá, meu ioiô
Você é "sim"
E nunca meu "não"
Quando tão louca
Me beija na boca
Me ama no chão...

Me suja de carmim
Me põe na boca o mel
Louca de amor
Me chama de céu
Oh! Oh! Oh! Oh! Oh!
E quando sai de mim
Leva meu coração
Eu sou fogo
Você é paixão...

Um comentário:

  1. Era uma vez a Delicadeza

    Numa manhã, estavam conversando Jacaré-açu, Jacaré do papo-amarelo, Jacaré-mirim e também Jacaré Iaiá-Ioiô, foi quando este último mostrou o que havia encontrado no fundo do rio: Uma caixinha de Jóias, de onde ele saiu distribuindo os regalos para todos que encontrava, até mesmo para Narciso, aquele que de tão vaidoso afundou nas águas admirando sua própria beleza.
    Então, Jacaré-açu, o maior e talvez por isso o mais temido, resolveu tomar posse do pequeno tesouro, Jacaré Iaiá-ioiô não se fez de rogado, entregou-a sem protestar, porque ele sabia que naquela caixinha as jóias eram voláteis e evanescentes, assim somente quem reconhecia essa condição poderia sempre tê-las, pois tratavam logo de guardá-las na memória, para que não se desfizessem no decorrer dos dias.
    Por isso, até hoje se pode dizer que presente, quem realmente dá, é o nosso Jacaré Iaiá-Ioiô.
    Leila Sales.

    ResponderExcluir