Essa matéria é melhor clicando na aba esquerda do seu rato e acompanhada ao som de Jhonny Alf e Alaide Costa em Ilusão à toa
Na festa da primavera com uma reverence saudou-se o Bloco Mulheres da Vila
Com uma bailarina, jacaré saúda a dança
De passo marcado
Ou reverência na irreverência de Isadora Duncan
Nessa viagem, Fernando Pessoa mandou flores
e poesia
Quando Vier a Primavera
Alberto Caieiro
Quando vier a Primavera,
Se eu já estiver morto,
As flores florirão da mesma maneira
E as árvores não serão menos verdes que na Primavera passada.
A realidade não precisa de mim.
Sinto uma alegria enorme
Ao pensar que a minha morte não tem importância nenhuma
Se soubesse que amanhã morria
E a Primavera era depois de amanhã,
Morreria contente, porque ela era depois de amanhã.
Se esse é o seu tempo, quando havia ela de vir senão no seu tempo?
Gosto que tudo seja real e que tudo esteja certo;
E gosto porque assim seria, mesmo que eu não gostasse.
Por isso, se morrer agora, morro contente,
Porque tudo é real e tudo está certo.
Podem rezar latim sobre o meu caixão, se quiserem.
Se quiserem, podem dançar e cantar à roda dele.
Não tenho preferências para quando já não puder ter preferências.
O que for, quando for, é que será o que é.
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Para ouvir Paulinho Soares, grande compositor, contador de piadas e com habilidade nas palavras. Me deu saudades do Paulinho e quem quiser compartilhar aqui está http://www.youtube.com/watch?v=dWTni_AdHIU
ResponderExcluirSergio Rosa
Antes ele do que eu
Paulinho Soares
Morreu
O nosso amor morreu
Mas cá pra nós
Antes ele do que eu
Nosso amor não resistiu
Aos assédios da traição
Lá um dia ele ruiu
Mas deixou uma lição
Que as pessoas tem seus preços
Tabelados por seus atos
Para mim você foi Judas
Pra você eu fui Pilatos
(Ele morreu)
Morreu../..
Nosso amor enfraquecido
Já não suportou a dor
Ele andava mal nutrido
De carinho e de calor
E foi definhando aos poucos
E ninguém mais agüentava
Era sol da meia-noite
Que nascia e não esquentava
(Ele morreu)
Nosso amor que foi tecido
Nos teares da ilusão
Desbotou, ficou poído
Já não tem mais solução
Não há pano pro remendo
Nem há linha pro arremate
Inda mais que o destino
Nunca foi bom alfaiate
(Ele morreu)
Caro mortal Sergio
ResponderExcluirAo ouvir o Antes ele do que eu. procurei nos alfarrábios o Medo. Cesar Costa Filho, para ouvir e cantar baixinho.
http://www.youtube.com/watch?v=aYCJSRmpoVk
Adamastor das Tormentas
Medo
Cesar Costa Filho
Além da razão
Se prende o olhar
Na dança desigual
Das grandes sombras na parede
Formando o medo por você
Você já dormiu
E esse lugar
Não reconheço mais
As sombras formam longos braços
Se debruçando sobre nós
Tentei ligar o rádio
Mas não pude ouvir direito
Nem os jornais diziam nada
Pra justificar
As transformações
Que nos fazem ter
O medo enorme
Cada vez que você dorme
E não possa despertar
Lá, la, ra, ra, lá la la ra ra
Lá ra la ra la ra la ra...
Se a bailarina visse e ouvisse tanta poesia, talvez desistisse de saber para que lado gira.
ResponderExcluirLeila Sales.
Esqueci de dizer também que, os bichos, a natureza e a poesia, nos dão flores que nunca murcham, pois são feitas do olor do tempo.
ResponderExcluirLeila Sales.