sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Amanhã é o dia da festa do aniversário de Noel Rosa - da lavagem da estátua à roda de samba para Wilson das Neves. E Ceci não é cachimbo, assim falou Jacaré

Sábado 
13 de dezembro
Cento e quatro anos de Noel
Lavagem musical da estátua às 17 horas
com água de cheiro seguida da
Caminhada pelas calçadas musicais da Vila
Roda de samba choro a partir da 19 horas
Abaeté com Torres Homem 


Noel Rosa, convidou Wilson das Neves para confirmarem se Marcos Sacramento estava azarando Ceci, a Dama do Cabaré, oiçam:

Foi num cabaret na Lapa
Que eu conheci você
Fumando cigarro, entornando champanhe no seu soirée
Dançamos um samba, trocamos um tango por uma palestra
Só saimos de lá meia hora depois de descer a orquestra
Em frente à porta um bom carro nos esperava
Mas você se despediu e foi pra casa a pé

 Di Cavalcanti também estava lá

No outro dia lá nos Arcos eu andava
À procura da dama do cabaré
Eu não sei bem se chorei no momento em que lia
A carta que eu recebi (não me lembro de quem)
Você nela me dizia
Que quem é da boemia
Usa e abusa da diplomacia
mas não gosta de ninguém.

Não encontraram Ceci e vendo um quadro de Magrite na parede, desde o Jacaré de 2011, perguntaram a Noel se ele estava enamorado de um cahimbo.


Não, minha Ceci não é um cahimbo, ela é assim o Amor da minha vida como cantou Wilson das Neves.

Tu és o sol que faz brilhar meu bem,
Cada manhã da minha vida
Tua presença é que me da motivação
Pra prossegui na vida
O teu olhar é que mantém a minha chama
Sempre acesa
...
Tu és o bem mais importante que eu ganhei
A firme e não vacilo
Sem ter de noite um beijo teu,
Eu já não durmo tão tranquilo



Como a festa vem chegando, Noel, depois de consultar Chico Buarque, resolveu fazer um brinde com Wilson Batista e Wilson Moreira



Louco, pelas ruas ele andava

O coitado chorava
Transformou-se até num vagabundo
Louco, para ele a vida não valia nada
Para ele a mulher amada 
Era seu mundo 









Eu vou me imbora, pra Minas Gerais agora.


Eu vou pela estrada a fora, tocando meu candongueiro, oi.

Eu sou de Angola, bisneto de quilombola

Não tive e não tenho escola, mas tenho meu candongueiro.

No cativeiro, quando estava capiongo, meu avô cantava jongo, pra

poder segurar, oi.

A escravaria quando ouvia o candongueiro,
Vinha logo pro terreiro, para saracotear



 Meu candongueiro, bate jongo dia e noite.
Só não bate quando o açoite quer mandar ele bater, oi
Também não bate, quando seu dinheiro manda, isto aqui não é
quitanda pra pagar e receber.
Meu candongueiro tem mania de demanda.
Quem não é da minha banda, pode logo debandar, oi.
Pra vir comigo tem que ser bom companheiro, ser sincero e
verdadeiro, pra poder me acompanhar


Jacaré registra aqui um doce recado recebido :

"Tem coisa que a gente gosta mas não pode amar, tem coisa que a gente ama e não pode ter. Assim estou, vou pra Cartagena de Índias feliz, mas com o coração pequenino, querendo ficar na aldeia para ouvir Wilson das Neves. Leila Sales"

Um comentário:

  1. Arturo, o sapatero colombiano que consertou minhas sandálias, artur, mais jovem que era garçom na hora do almoço y el tintero de quem tomei o ultimo cafe ao amanhecer ,junto com as “semillas” de granadina que trouxe foram minhas riquezas maiores. É só isso que nos separa. No mais, somos todos latino-americanos e agora começamos a ter dinheiro no bolso e influência política também,

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