Desde 1886, nosso Bloco Jacaré obtinha menção honrosa nas ruas do Rio de Janeiro, com o pode ser visto nessa matéria enviada pelo jacarense José Pereira do Vaz, testemunha ocular do acontecido, e publicada na Gazeta de Notícias de 7 de março de 1886.
Naquela ocasião, não naquele ano exactamente, Ernesto Nazareth compôs essa doçura de valsa para o Eu sou eu, jacaré é bicho d´água como se pode perceber com o som de Radamés Gnatali
Ao Jacaré, fez-se poesia também naquele século XIX. Vide pois a referência à água, escondida na palavra aguardo abaixo, se não é diretamente ligada ao nosso Bloco no que diz respeito ao bicho d´água.
Voilà ce que l'on dit de moi
Dans la “Gazette de Hollande”.
À Carmen Silva, à
rainha
Da Rumânia, à delicada,
Egrégia colega minha,
Pelas musas laureada,
Pobre trovador do Rio,
Cantor da pálida lua,
Esta breve carta envio,
E aguardo a resposta
sua.
Note bem que lhe não
falo
Das suas lindas
novelas,
Nem do plácido regalo
Que nos dá com todas
elas.
Não, augusta e bela
moça,
Não é prosa nem poesia
O meu assunto ... Ouça,
ouça,
Verá que é sensaboria.
Cá se soube que um
partido,
Que há muito não dava
cacho,
Após combate renhido,
Tomou ao outro o
penacho.
Nota da redação: não se permitiu o uso de cores nessa edição posto que estamos em 1886 e, portanto, sem jornal a cores.
Por que tudo isso ?
Porque dia 8 de março teremos uma festa comemorando 126 anos:
A festa
dia 8 de fevereiro
sexta
dia dos Bailes do Jacaré
daqueles que abalaram a Corte e balouçaram as cabrochas
18 horas - infantil
20 horas - varonil
E abram alas que Jacaré quer passar com Chiquinha Gonzaga