"Daí vai um poema de Alberto Caieiro:
O essencial é saber ver, mas isso, triste de nós que trazemos a alma vestida, isso exige um estudo profundo, aprendizagem de desaprender.
Eu prefiro despir-me do que aprendi, eu procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram e raspar a tinta com que me pintaram os sentidos, desembrulhar-me e ser eu.
Todo mundo pode ouvir Abujamra declamando esse poema no site do seu programa que se chama "Provocações"."
Jacaré também foi ouvir Abujamra com Fernando Pessoa em Não tenhas nada nas mãos!
Não tenhas nada nas mãos
nem uma memória na alma,
que quando te puserem
nas mãos o óbolo último,
ao abrirem-te as mãos
nada te cairá.
Que trono te querem dar
que átropos to não tire?
Que louros que não fanem
nos arbítrios de minos?
Que horas que te não tornem
da estatura da sombra.
Que serás quando fores
na noite e ao fim da estrada.
Colhe as flores mas larga-as,
das mãos mal as olhaste.
Senta-te ao sol.
Abdica.
E sê rei de ti próprio.
A foto de hoje é da peça
UMA INFORMAÇÃO SOBRE A BANALIDADE DO AMOR, uma fábula política
"POR CLÁUDIA DRUCKER, correspondente da Revista Osíris em SP
O envolvimento amoroso dos filósofos Martin Heidegger e Hannah Arendt chega ao teatro, com a peça Uma informação sobre a banalidade do amor, uma adaptação de Antônio Abujamra da peça de Mario Diament “A Report on the Banality of Love”. A moral da história, ao que tudo indica, é a fala final da Arendt cênica: “o amor não tem moral”."
E por falar em nada nas mãos, Jacaré vem com As palavras, autobiografia de Sartre, cantada na Tropicália com Alegria, alegria
Caminhando contra o vento sem lenço e sem documento
Pelas notícias de ontem, Jacaré e Boneco de Noel se parcialmente mal : rabo e braço respecitivamente.
ResponderExcluirPreso nas pedras só tenho a agradecer a lembrança da nudez da Luz del Fuego e uma interpretação poética e filosófica.
Cordiais saudações e sucesso na recuperação do Jacaré e Boneco de Noel.
Adamastor das Tormentas
Hannah discorreu sobre a banalização do mal e os limites da condição humana como nenhum outro filósofo, é minha preferida. Abujamra é uma fonte que nunca seca. Adamastor sempre tem palavras encantadoras para distribuir. E eu,de minha parte, agradeço por ter sido chamada de “jacarense”. Desejo que encontrem o braço do Noel e sugiro ao Jacaré que teve o rabo cortado, que vá se recuperar no São Francisco e viver como aconselhava Guimarães Rosa, amando os grandes rios.
ResponderExcluirLeila Sales.
Já que tocaram em Guimarães Rosa, eu, Rosa também, dele lembro:
ResponderExcluir- Viver é perigoso.
Sergio Rosa