Platão (428-328 a.C.)
Platão não acreditava na democracia. Para ele a política, a boa condução dos homens em sociedade era uma arte que somente bem poucos dominavam - os mais sábios.
Pois saiba seu Platão, até que você tinha razão, pois sábio é o povo, assim falaram Jacaré e Glauber Rocha
e cantou Sergio Ricardo
- Se entrega, Corisco!
- Eu não me entrego, não!
Eu não sou passarinho
Pra viver lá na prisão
- Se entrega, Corisco!
- Eu não me entrego, não!
Não me entrego ao tenente
Não me entrego ao capitão
Eu me entrego só na morte
De parabelo na mão
- Se entrega, Corisco!
- Eu não me entrego, não!
(Mais forte são os poderes do povo!)
Democracia para não ver nosso povo torturado por uma diatdura militar como nessa foto da passeta dos 100 mil em 1968.
De lá pr´á cá o tempo da página infeliz se foi e aqui estão as novas gerações, assim falou Chico Buarque
Vai passar nessa avenida um samba popular
Cada paralelepípedo da velha cidade essa noite vai se arrepiar
Ao lembrar que aqui passaram sambas imortais
Que aqui sangraram pelos nossos pés
Que aqui sambaram nossos ancestrais
Num tempo página infeliz da nossa história,
passagem desbotada na memória
Das nossas novas gerações
Dormia a nossa pátria mãe tão distraída
sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações
Seus filhos erravam cegos pelo continente,
levavam pedras feito penitentes
Erguendo estranhas catedrais
Eu sou eu, jacaré é bicho d'água - niver de Noel 2010
E um dia, afinal, tinham o direito a uma alegria fugaz
Uma ofegante epidemia que se chamava carnaval,
o carnaval, o carnaval
Vai passar, palmas pra ala dos barões famintos
O bloco dos napoleões retintos
e os pigmeus do boulevard
Meu Deus, vem olhar, vem ver de perto uma cidade a cantar
A evolução da liberdade até o dia clarear
Ai que vida boa, ô lerê,
ai que vida boa, ô lará
O estandarte do sanatório geral vai passar
Ai que vida boa, ô lerê,
ai que vida boa, ô lará
O estandarte do sanatório geral... vai passar
E a Imperatriz, contestadora à época, veio em 1972 com esse sanba épico, batucado na mesa do bar por Zé Catimba e Martinho da Vila
Vem cá, Brasil
Deixa eu ler a sua mão, menino
Que grande destino
Reservaram pra você
Lá lá lá lá lauê
Fala Martim Cererê (bis)
Tudo era dia
O índio deu a terra grande
O negro trouxe a noite na cor
O branco a galhardia
E todos traziam amor
Tinham encontro marcado
Pra fazer uma nação
E o Brasil cresceu tanto
Que virou interjeição
Lá lá lá lá lauê
Fala Martim Cererê (bis)
e assim se vai Jacaré para as urnas na peroba e com Matita Pereira
É peroba do campo, é o nó da madeira
Caingá, candeia, é o Matita Pereira
É madeira de vento, tombo da ribanceira
É o mistério profundo, é o queira ou não queira
e nos canteiros com Matita Perê
No jardim das rosas
De sonho e medo
Pelos canteiros de espinhos e flores
Lá, quero ver você
Olerê, Olará, você me pegar
Vou votar é com vontade e garra, assim falou Jacaré e, no fim do dia, aquelas cervejinhas de Vila Isabel libertárias.